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ESPECIAL – Cida Ramos: “Diversidade no PT é nossa força, não um entrave”

Por Fernando Patriota* 

Com uma história marcante na política paraibana, Maria Aparecida Ramos de Meneses, a deputada estadual, Cida Ramos (PT), assume a presidência estadual do Partido dos Trabalhadores no dia 13 de setembro. Eleita confortavelmente, a parlamentar tem como uma das missões é focar o coletivo, para fazer valer o peso de um dos maiores partidos do Brasil, focando as eleições do ano que vem. Eleita a deputada estadual mais bem votada na história da Paraíba, com 56.048 votos, Cida Ramos é também é símbolo de superação e coragem.

Natural de Sapé (PB), filha do caminhoneiro Adauto Francisco Ramos e da dona de casa Analine de Oliveira Ramos, teve paralisia infantil aos três anos de idade. Nesta entrevi…
[15:20, 01/08/2025] Fernando Patriota Jorn: Mandei a entrevista 👆👆
[15:34, 01/08/2025] Fernando Patriota Jorn: Por Fernando Patriota – Jornalista
Especial para o Jornal A União

Com uma históriga marcante na política paraibana, Maria Aparecida Ramos de Meneses, a deputada estadual, Cida Ramos (PT), assume a presidência estadual do Partido dos Trabalhadores no dia 13 de setembro. Eleita confortavelmente, a parlamentar tem como uma das missões focar o coletivo, para fazer valer o peso de um dos maiores partidos do Brasil nas eleições do ano que vem. Eleita a deputada estadual mais bem votada na história da Paraíba, com 56.048 votos, Cida Ramos é também é símbolo de superação e coragem.

Natural de Sapé (PB), filha do caminhoneiro Adauto Francisco Ramos e da dona de casa Analine de Oliveira Ramos, teve paralisia infantil aos três anos de idade. Nesta entrevista exclusiva para o Jornal A União, ela releva como vai se relacionar, politicamente, com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e suas intenções de campanha para o ano que vem. Cida Ramos ainda fala sobre uma possíevle frente progressista unificada na Paraíba, sua avaliação do governo Lula (PT) e a sobre o futuro da extrema direta brasileira, sobretudo, depois dos acontecimentos envolvendo a família Bolsonaro e o presidente do EUA, Donald Trump.

A senhora fez história ao ser eleita a primeira mulher presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, com mais de 50% dos votos. Quais suas prioridades à frente do PT, na Paraíba?
Minha prioridade é fortalecer o Partido dos Trabalhadores como instrumento de transformação social, ampliando sua presença nos municípios, valorizando a militância, promovendo a formação política e consolidando um projeto popular e democrático em diálogo permanente com os movimentos sociais. Vamos preparar o partido para as eleições de 2026 com unidade, organização e compromisso com os que mais precisam. Diante do cenário brasileiro, é imprescindível reelegermos o Presidente Lula.

Quais os principais obstáculos que a senhora enfrentou como mulher na política?
O maior obstáculo é o machismo estrutural, que ainda tenta limitar a atuação das mulheres na política, sobretudo por ser mulher e com deficiência. Somos constantemente questionadas, invisibilizadas ou subestimadas. Mas resistimos, enfrentamos e vencemos. Nossa presença é fruto de muita luta e resistência. Ser a primeira mulher a presidir o PT na Paraíba é simbólico e reafirma o que sempre defendi: lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na liderança política.

Como o PT da Paraíba tem se articulado com o governo estadual e federal para garantir mais investimentos para o estado?
Temos atuado com responsabilidade e diálogo. Nosso papel é garantir que os recursos do governo federal cheguem ao povo paraibano com mais eficiência, especialmente nas áreas de habitação, saúde, educação, segurança alimentar e infraestrutura. O Novo PAC já trouxe a Paraíba por exemplo, a renovação da frota do Samu de João Pessoa, o Arco Metropolitano da João Pessoa, a duplicação da BR-230 de Campina Grande, a reforma do Hospital Universitário de CG, a construção do Hospital das Clinicas do Sertão em Patos, e tanta outras obras e serviços por toda a Paraíba. O governo Lula em parceria com o governo João Azevedo seguem trabalhando juntos com foco na melhoria da qualidade de vida da população.

Uma de suas missões é unificar correntes internas, fortalecer a presença do PT nos municípios e preparar o partido para as eleições de 2026. Como a senhora pretende fazer isso?
Com diálogo permanente, respeito às diferenças e foco no projeto coletivo. O PT é um partido com diversidade, e essa precisa ser nossa força, não nosso entrave. Vamos investir na formação de lideranças locais, promover encontros regionais, valorizar as instâncias partidárias e construir alianças nos municípios para que o PT esteja presente em todos os territórios. Unidade e militância organizada são o caminho.

Estamos a pouco mais de um ano das eleições. A senhora deve concorrer, mais uma vez, para Assembleia Legislativa da Paraíba, ou tenta uma cadeira como deputada federal?
Neste momento, meu foco está em fortalecer o PT na Paraíba, para que possamos ampliar as bancadas em 2026. Mas adianto que serei candidata a deputada estadual, entendendo a responsabilidade que o momento exige com o fortalecimento das políticas públicas e sobretudo na defesa da democracia e da nossa soberania nacional. 6) Como a senhora vê o atual cenário da política de assistência social no estado? Ainda há muitos desafios. A assistência social precisa ser entendida como política pública estruturante e não como política compensatória. É preciso mais orçamento, mais valorização dos profissionais e maior integração com outras políticas sociais. Defendo uma rede de proteção social forte, que garanta dignidade, autonomia e segurança para quem mais precisa.

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) deve sair candidato a deputado federal. Ele disse que não será obstáculo para um apoio de Lula a João Azevêdo. Qual sua relação, atualmente, com Ricardo Coutinho, levando em consideração que ele optou pelo nome de Luciano Cartaxo (PT) para prefeito de João Pessoa, nas eleições passadas?
Tenho respeito pela história de Ricardo Coutinho, sobretudo no campo das políticas públicas transformadoras na Paraíba. Minha relação com ele é institucional e partidária. Minha prioridade sempre foi a construção de um projeto democrático, popular e ético. E Ricardo se coloca nesse cenário para uma vaga na Câmara Federal, isso só fortalece o partido e contribui para ampliarmos a bancada.

A senhora acredita que há espaço para uma frente progressista mais unificada na Paraíba?
Sim. Mais do que nunca, precisamos de unidade entre as forças progressistas para enfrentar a extrema direita e construir um projeto popular de desenvolvimento para a Paraíba. As próximas eleições contarão com a democracia de um lado e a extrema direita do outro, por isso é necessário um pacto pela Paraíba que esteja baseada em princípios, em compromissos programáticos e na defesa da democracia, da justiça social e dos direitos do povo.

Qual a avaliação da senhora sobre o governo Lula até aqui, especialmente em relação ao Nordeste?
O governo Lula tem resgatado o Brasil. Recolocou o combate à fome, à pobreza e à desigualdade no centro da agenda. Retomou obras, políticas públicas e programas que haviam sido desmontados. No Nordeste, os investimentos têm sido visíveis: habitação, obras de infraestrutura, educação técnica e superior, acesso à água. Lula é o presidente que mais fez pela nossa região, e segue fazendo. O Brasil saiu do mapa da fome, em novo relatório da FAO/ONU, atingiu seu menor nível de desemprego na série histórica, isso reflete diretamente no Nordeste. O presidente Lula fez a maior obra hídrica já vista nesse século, a transposição do Rio São Francisco, isso não é apenas água para o nordeste, é saúde, educação, desenvolvimento e sobretudo, a oportunidade de viver.

Depois que Jair Bolsonaro (PL) passou a usar tornozeleira eletrônica, o filho do ex-presidente da República, Eduardo Bolsonaro (PL), tem feito uma campanha contra o governo Lula (PT) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A senhora acredita que essa atitude pode favorecer o desempenho de Lula nas eleições de 2026?
A tentativa de criar um clima de instabilidade é uma tática conhecida da extrema direita, mas o povo brasileiro está atento. A verdade é que o bolsonarismo perdeu força e hoje se sustenta no ódio e nas fake news. A imagem de Bolsonaro com tornozeleira é o retrato de quem afrontou a democracia e tentou um golpe de estado. Em 2026, acredito que o povo saberá escolher entre um projeto de país justo e democrático e um passado marcado por violência, fila do osso e autoritarismo. As pesquisas recentes já demonstram o crescimento do Presidente Lula, em aprovação e em intenções de voto para 2026, Lula seguirá sendo a maior liderança política do Brasil.

 

Especial para o Jornal A União de sábado, 3/8

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