“Não é da sua conta”
Leio no site da Folha deste domingo, 26/10, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), incapaz de enxergar derrota em seu permanente surto psicótico de instigar os Estados Unidos a continuar punindo o Brasil, disse que Lula (PT) “ficou incomodado” pelo breve elogio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente, agora presidiário, Jair Bolsonaro (PL), ao responder uma pergunta da imprensa antes de reunião entre os dois na Malásia.
O que houve foi uma pergunta normal e uma resposta educada. Segundo diz a Folha, Trump é questionado sobre o ex-presidente e diz que se sente mal pelo que aconteceu com ele e que sempre gostou do ex-chefe do Executivo brasileiro. Em seguida, indagado se essa situação seria tratada na reunião com Lula, o republicano respondeu: “Não é da sua conta”.
Essa poderia ser a sua resposta ao deputado brasileiro, caso este tivesse a coragem de perguntar.
Dias atrás, Eduardo chegou até a acreditar em uma “estratégia” de Trump para humilhar Lula. E o que o mundo inteiro viu foi uma conversa cortês e madura entre mandatários de dois países sobre questões econômicas. O pontapé inicial para um freio no chamado tarifaço.
Trump, na verdade, parece distanciar-se do bolsonarismo. Já disse aqui, neste espaço, que o presidente norte-americano não gosta de perdedores, e Bolsonaro seria um deles. Se Bolsonaro estivesse no poder, com sua veia entreguista, seria ótimo para Trump. Mas isso, agora, é impossível. Portanto, bola pra frente.
A leitura de Eduardo foi a mais hilariante possível. Feita apenas para alimentar as bolhas bolsonaristas.
Até que ponto uma pessoa pode ir para negar fatos concretos?
Até onde vai o desvario de Eduardo?
“Não é da sua conta”, ele me diria, parafraseando o seu guru.
Por Gisa Veiga

