Governo estimula famílias em eventos alusivos ao Dia Mundial do Acolhimento
O evento, que aconteceu na Mansão Real Recepções, contou com a participação de gestores, técnicos dos municípios, conselheiros tutelares de Belém, Duas Estradas, Logradouro, Pirpirituba, Serra da Raiz e Sertãozinho, que integram 2ª Região Geoadministrativa, que tem como Polo o município de Guarabira. Evento semelhante aconteceu na cidade de Cuitegi, no último dia 6 de junho, e reuniu outros seis municípios; e acontecerá no município de Borborema no próximo dia 23.
O Serviço Família Acolhedora tem o objetivo de acolher, temporariamente, crianças e adolescentes em situação de risco em residências de famílias previamente habilitadas e credenciadas que recebem, mensalmente, o subsídio de um salário mínimo destinado às necessidades da pessoa atendida pelo programa.
A secretária Municipal de Desenvolvimento Social da cidade de Belém, Viviane Barbosa, destacou a importância do momento, que reúne técnicos de diversas secretarias – Saúde, Educação, Cultura e Esporte, além de representantes de municípios da 2ª Região Geoadministrativa. “Sabemos que nem toda criança tem a sorte de ter um lar, com carinho, e muitas vezes se faz necessário inseri-las em uma Família Acolhedora. E aí entra o cuidar, o zelar, o receber essa criança ou adolescente que precisa de carinho, de atenção para o seu desenvolvimento, para o seu crescimento saudável. A equipe da Sedh, através dos seus técnicos, tem realizado planejamento buscando encontrar famílias que acolham. E nós criamos a Campanha Coração Acolhedor, porque toda família que se propõe a receber alguém, a acolher, é porque tem o sentimento fraterno, tem o sentimento generoso para esse acolhimento”, ressaltou.
A gerente Operacional da Alta Complexidade, Roberta Pires, enfatizou que o evento teve como ação central a divulgação e a mobilização da rede socioassistencial, com o objetivo de captar novas famílias acolhedoras. A iniciativa envolveu as redes de assistência social, saúde e educação dos municípios presentes, além da participação de secretários municipais de assistência. Essa articulação contribui significativamente para a ampliação da oferta do serviço, a qualificação da rede e o fortalecimento do entendimento sobre a prioridade do acolhimento familiar em relação ao acolhimento institucional.
“Foi possível aprofundar o conhecimento dos profissionais sobre o processo de captação de famílias, bem como sobre a dinâmica da relação entre a família acolhedora e a criança ou adolescente acolhido. A mobilização da rede na Segunda Região foi especialmente expressiva: atualmente, o território conta com 23 famílias acolhedoras e 14 crianças e adolescentes acolhidos nesse formato”, disse Roberta.
A ação evidenciou o engajamento da rede e a importância do apoio do Governo do Estado aos municípios da Segunda Região, o que tem fortalecido de forma contínua a implementação e a consolidação do serviço de acolhimento familiar nos territórios.
A professora e ex-conselheira tutelar Edna Cassimiro Soares da Silva, viúva há 10 anos, mãe de uma filha hoje com 34 anos, e avó de dois netos, residente na cidade de Logradouro, resolveu acolher uma criança. “Há um ano fui procurada pela equipe do Conselho Tutelar, informando que havia uma criança em situação de vulnerabilidade, e me identificaram como alguém que poderia ser essa Família Acolhedora. Me cadastrei”. E continuou: “Já tinha uma filha adulta, tenho netos, uma vida tranquila. Confesso que, se não foi pela criança, era um desafio para comigo mesmo. Há 8 anos me via só, e tive vontade de voltar a ter trabalho, uma companhia na hora das refeições. Eu queria ter aquela experiência de ter uma pessoa comigo no meu dia a dia, no meu cotidiano”.
Família Acolhedora – O Serviço de Acolhimento Familiar está previsto na Resolução Nº 109, da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, segundo a qual cabe ao Governo Federal o aporte financeiro, por meio de cofinanciamento, transferindo para o Fundo Estadual de Assistência recursos para implantação e implementação do serviço. Ao Estado, órgão executor, cabe a contrapartida financeira, através de recursos próprios e também dos Fundos Especiais.
A Paraíba está implantando o Serviço de Acolhimento Familiar, na modalidade Regionalizada, contemplando 11 núcleos polos que farão cobertura de municípios de portes I e II. A Regionalização foi aprovada na Resolução Nº 004/2021, da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
A seleção das famílias acolhedoras é feita mediante edital de chamamento. O período do acolhimento poderá ter duração de seis a 18 meses, até que a criança ou adolescente retorne à sua família de origem, extensa ou seja encaminhado para adoção.