terça-feira, outubro 21, 2025
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Justiça revoga decisão que transferia ex-PM acusado de matar Leandro Lo para prisão comum

A Justiça de São Paulo revogou a decisão que determinava a transferência do ex-policial militar Henrique Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, do presídio militar Romão Gomes para uma unidade prisional comum destinada a ex-agentes de segurança.

De acordo com o advogado Cláudio Dalledone Júnior, a 5ª Vara Criminal acatou o pedido da defesa no dia 10 de outubro, revertendo a decisão anterior solicitada pelo Ministério Público.

A liminar, assinada pelo juiz Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan, apontou que a transferência representaria risco à integridade física e psicológica do réu e violaria o princípio da presunção de inocência. Com isso, o magistrado determinou que Velozo permaneça no presídio militar.

Henrique Velozo responde por homicídio doloso triplamente qualificado — por motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento ainda não tem data definida.

Em 22 de setembro, o ex-policial foi demitido da Polícia Militar pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), após recomendação do Tribunal de Justiça Militar, perdendo o cargo e o salário de R$ 14,6 mil.

O crime ocorreu em 7 de agosto de 2022, no Clube Sírio, zona sul de São Paulo, durante um show. Segundo testemunhas, após uma discussão, Velozo atirou na cabeça de Leandro Lo, que morreu no local.

O caso já teve dois júris adiados, o mais recente em agosto deste ano, após divergências entre defesa e acusação. O Ministério Público espera que o ex-PM seja condenado a pelo menos 20 anos de prisão.

Leandro Lo foi oito vezes campeão mundial de jiu-jítsu, conquistando o primeiro título em 2012 e o último em 2022, na categoria meio-pesado. É considerado um dos maiores nomes da história do esporte.

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