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Bolsonaristas se unem contra Moraes e planejam pressionar STF no Brasil e nos EUA

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve como consequência uma unificação dos bolsonaristas, campo que estava abalado desde a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% em produtos brasileiros.

A estratégia agora de aliados será de ampliar a pressão no Supremo no Brasil e nos Estados Unidos, onde o filho do ex-presidente e deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem atuação próxima à Casa Branca.

Uma das principais justificativas para fortalecer o campo novamente em torno do líder foi a proibição de Moraes de que ele falasse com Eduardo, também investigado no caso por atuação que fere a soberania brasileira.

Integrantes das bancadas do PL na Câmara e no Senado se reuniram virtualmente no final da manhã, após a decisão de Moraes. A proposta é intensificar a pressão via Legislativo, insistindo na aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” e na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita decisões monocráticas, segundo o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Sóstenes disse ainda que as determinações do magistrado nesta sexta unificam de novo a direita e até mesmo o centrão.

O líder lembrou que há insatisfação do centrão com Moraes também, por ter suspendido a decisão dos parlamentares de derrubar o decreto de Lula (PT) que aumentava o IOF.

Os deputados e senadores que participaram da reunião soltaram uma nota após o encontro. A nota classificou a ação de Moraes como “grave episódio de perseguição política disfarçada de ação judicial”. Também pediu atuação do Parlamento.

“Quando decisões individuais violam liberdades fundamentais, silenciam representantes eleitos e interferem diretamente na vida política nacional, o Parlamento deve reagir com firmeza para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes e proteger os direitos do povo”, diz o texto assinado por Sóstenes, Portinho, e pelos senadores Rogério Marinho (PL-RN), Izalci Lucas (PL-DF) e o deputado Zucco (PL-RS).

O texto pede ainda que “o povo volte às ruas, de forma pacífica e ordeira”. “Nenhuma toga está acima da lei. Nenhum cargo autoriza a perseguição”, afirma.

O ex-presidente não participou da reunião, para evitar que haja algum ruído com as cautelares do STF, que proíbe contato de Bolsonaro com outros investigados.

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