terça-feira, outubro 21, 2025
Gerais

Governo do Estado organiza força-tarefa para combater adulteração de bebidas alcóolicas

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB), determinou a organização de uma Força Tarefa para executar ações de caráter preventivo e também de enfrentamento à ameaça de intoxicação por ingestão de metanol. Nesta segunda-feira (6), será realizada uma reunião na sede da SES/PB com a participação de representantes da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB), das Visas municipais, da Polícia Civil, do Instituto de Polícia Científica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Procon/PB e da Rede de Urgência e Emergência da Paraíba, que é coordenada pela SES/PB. O objetivo central do encontro é discutir estratégias e definir o papel de cada órgão no enfrentamento do problema relacionado ao metanol.

A população pode denunciar a existência de bebidas suspeitas por meio do endereço agevisa.pb.gov.br/servicos/ouvidoria ou pelo telefone (83) 9.8814-7935, da Ouvidoria da Agevisa. Além disso, pode, ainda, acionar as autoridades policiais, considerando que a adulteração de bebidas, como de qualquer outro produto destinado ao consumo humano, configura crime contra a saúde pública, passível de pena de reclusão e multa.

Fiscalização

A Agevisa encaminhou às Vigilâncias Sanitárias dos municípios paraibanos alerta quanto à necessidade de avaliação da regularidade das bebidas disponíveis nos estabelecimentos comerciais durante as ações regulares de inspeção. Segundo o diretor Geraldo Moreira de Menezes, a orientação, de caráter nacional e iniciativa da Anvisa, é de que todos os inspetores e fiscais sanitários estejam atentos a sinais que possam indicar a existência de bebidas irregulares, com origem desconhecida ou com indícios de falsificação/adulteração, no comércio atacadista e varejista de todo o Estado. As ações devem incluir casas de shows, bares, restaurantes, quiosques, festas populares e outros eventos similares onde haja consumo de bebidas alcoólicas.

O diretor-geral da Agevisa/PB lembrou que bebidas adicionadas com metanol causam intoxicações graves e podem levar à morte. “O metanol é uma substância usada em solventes e produtos de limpeza, e nunca deve ser ingerido. Portanto, além do trabalho dos órgãos do setor público no enfrentamento desse problema, as pessoas também podem ajudar a proteger a sua saúde mediante a adoção de medidas de precaução como: manter-se atenta aos produtos que consomem; evitar consumir bebidas em lugares não confiáveis e em caso de perceber que o lacre esteja violado; verificar os rótulos e as embalagens das bebidas; exigindo comprovante fiscal que ateste a idoneidade do produto, e, de forma bem especial, desconfiar de preços muito baixos, normalmente associados a produtos de procedência duvidosa”, explicou.

Geraldo Moreira disse que as pessoas também devem ficar muito atentas para poder identificar sintomas relacionados à intoxicação por metanol. Segundo ele, em até seis horas da ingestão de uma bebida contaminada por metanol, a vítima pode apresentar reações orgânicas como sonolência, tontura, náuseas e vômitos, além de confusão mental e taquicardia. E no período seguinte, entre 06 e 24 horas da ingestão, os sintomas podem evoluir para quadros de visão turva, convulsões e sensibilidade à luz. “Se qualquer pessoa apresentar um ou mais desses sintomas, ela deve procurar atendimento médico imediato nos hospitais de urgência e emergência ou em qualquer outra unidade de saúde mais próxima”, ressaltou.

 

Foto: Cottonbro Studio/Pexels

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