terça-feira, outubro 21, 2025
Manchete

Pesquisadores da UFPB desenvolvem bicicleta que converte energia cinética em eletricidade

Um experimento desenvolvido no Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (CEAR/UFPB) converte em eletricidade a energia cinética que o ciclista gera por meio do seu esforço físico ao pedalar a bicicleta. O projeto Green&Healthy Power, desenvolvido no âmbito do Laboratório de Avaliação Ambiental e Energética (LavAE), adapta bicicletas para gerar energia elétrica enquanto o usuário se exercita, unindo sustentabilidade e saúde em um mesmo sistema.

O experimento utiliza a colheita de energia, por meio de sistemas capazes de capturar e converter pequenas quantidades de energia de fontes naturais. Nesse caso, aproveitam-se energias residuais que seriam emitidas para o ambiente, sem esgotar recursos adicionais.

O trabalho está sendo realizado pelo pesquisador Herwin Saito Schultz, egresso do Programa de Pós-graduação em Energias Renováveis (PPGER/CEAR), sob orientação da professora Monica Carvalho (CEAR/UFPB), e do professor Carlos Mady (Universidade de São Paulo – USP). Além de mestre (PPGER), Herwin, atualmente, é doutorando no programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM).

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Ao tempo em que o experimento demonstra o potencial de sistemas de bicicletas estacionárias, promove hábitos mais saudáveis por incentivar a prática de exercícios físicos. Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana, nesse tempo, segundo Herwin Saito Schultz, uma pessoa geraria 105 kWh por meio do sistema idealizado no projeto.

“Então, calculamos que se uma pessoa pedalar 150 minutos por semana, cada pessoa será capaz de gerar 12,6 kWh por ano”, estimou Herwin, que tem buscado melhorias contínuas de rendimento, no decorrer da elaboração da sua tese.

Assim, segundo ele, além da colheita de energia, simultaneamente, entre os objetivos do projeto está a ideia de propor a aplicação em academias na cidade e, consequentemente, a redução dos custos com saúde à medida que se reduz a incidência de doenças causadas por sedentarismo.

A professora Monica Carvalho esclareceu que a colheita de energia é o aproveitamento de uma quantidade de energia não tão relevante considerando uma única pessoa; todavia, levando-se em conta a extensão dos dados relativos a uma quantidade maior da população fisicamente ativa, isso resultaria em uma quantidade de energia mais significativa.

Texto e imagens: Aline Lins/UFPB

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