Politica

PEC da reforma administrativa trava e Motta atua para obter apoio

Apresentada há 20 dias, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma administrativa travou na Câmara dos Deputados e ainda não tem assinaturas suficientes para ser protocolada. Os relatos são de resistência a endossar a proposta pela possibilidade de críticas de servidores públicos –eventuais eleitores em 2026–, do receio da repercussão após a rejeição da PEC da Blindagem e de atuação de associações contrárias.

A situação fez com que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), passasse a agir pessoalmente para convencer bancadas e partidos para que subscrevam a PEC. De acordo com relatos, ele procurou líderes de partidos e o presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Pedro Lupion (PP-PR), para pedir ajuda. A bancada é uma das forças mais expressivas da Casa, com cerca de 300 deputados.

Para começar a tramitar oficialmente, uma PEC precisa da assinatura de 171 dos 513 deputados —que aparecerão como autores dela. O texto da reforma administrativa foi divulgado em 2 de outubro pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), mas, três semanas depois, ainda não atingiu o apoiamento necessário para ser protocolado na Câmara.

Apenas o autor sabe o número de assinaturas, mas relatos afirmam que faltam cerca de 50 deputados endossarem a proposta nessa fase inicial. “Estamos bem perto. Uma proposta dessas exige conversa, convencimento”, diz Pedro Paulo, que deve ser o relator da reforma. Para ser aprovada, a PEC exige quórum muito maior, de 308 votos.

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