terça-feira, outubro 21, 2025
Politica

Lula e Trump devem se reunir nos próximos meses, confirma chanceler Mauro Vieira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quinta-feira (16) que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar “em breve” para discutir os rumos da relação entre Brasil e Estados Unidos, após meses de tensão diplomática.

A declaração foi feita em Washington, após reunião com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na Casa Branca. O encontro, que durou cerca de uma hora, tratou principalmente das tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros desde agosto.

“Foi muito produtivo, com muita disposição para trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral de comércio. Está mantido o objetivo de que os líderes se reúnam proximamente. Há interesse de ambas as partes para que isso aconteça o quanto antes”, afirmou Mauro Vieira.

Segundo o chanceler, as equipes técnicas dos dois países devem iniciar negociações para reverter as tarifas e ampliar a cooperação econômica e comercial.

Inicialmente, o encontro entre Lula e Trump era esperado para acontecer durante a Cúpula da Asean, na Malásia, no fim de outubro, mas as agendas dos dois líderes devem definir uma nova data.

Relações em reconstrução

As relações entre Brasil e EUA ficaram estremecidas desde que o governo Trump impôs sanções comerciais e financeiras a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes. As medidas foram vistas por Brasília como retaliação política, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.

O encontro entre Mauro Vieira e Marco Rubio foi o primeiro diálogo de alto nível entre os dois governos desde que Trump reassumiu a presidência americana, em janeiro, e marca uma tentativa de reaproximação entre as nações.

“O importante é que prevaleceu uma atitude construtiva, com aspectos práticos para a retomada das negociações entre os dois países. Há boa química entre os governos, e o diálogo está aberto”, concluiu Vieira.

Com informações do Itamaraty e agências internacionais

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