sexta-feira, novembro 14, 2025
Politica

Hugo Motta bate na mesa, eleva a voz e defende Derrite em embate com líder do PT

O presidente da Câmara dos DeputadosHugo Motta (Republicanos-PB), bateu na mesa e elevou o tom de voz em um embate com o líder do PTLindbergh Farias (RJ), em torno do parecer de Guilherme Derrite (PP-SP) sobre o projeto antifacção do governo Lula para o combate às facções criminosas.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (terno cinza escuro), e o deputado e secretário de segurança de SP, Guilherme Derrite (terno preto e gravata azul), durante coletiva de imprensa para falar de projeto de lei contra o crime organizado que deve ser votado nos próximos dias – Pedro Ladeira/Reprodução

Os dois participavam na manhã de terça (11) da reunião de líderes dos partidos da Casa, em que são definidos os projetos que entrarão na pauta da semana para votação.

O clima do encontro começou azedo por causa dos amplos ataques e críticas que o governo, o PT e especialistas na área de segurança faziam nas redes sociais e na mídia naquele momento ao relatório de Derrite.

Lindbergh também apelidou o relatório de Derrite de “PEC da Blindagem 2.0”.

Depois de discutir a pauta, Hugo Motta passou a falar de Derrite. Foi quando bateu na mesa , elevou o tom de voz e disse: “A prerrogativa de indicar o relator [do projeto de lei] é do presidente da Câmara dos Deputados. É minha. E não é bravata ou campanha de difamação em redes sociais que vai me intimidar ou fazer recuar”.

Segundo ainda relatos, Motta seguiu dizendo que não é desonesto e que “até quando eu erro, erro com boas intenções”.

Sustentou, no entanto, que a indicação de Derrite era um acerto. “É uma escolha técnica, de uma pessoa que há mais de 20 anos estuda o assunto. A segurança não é de A, de B ou de C. O projeto é técnico, não é político”, afirmou ele, segundo diferentes relatos.

O presidente da Câmara disse ainda que o relatório de Derrite está sujeito a alterações, e que todos os partidos e parlamentares podem sugerir mudanças no texto.

Em sua proposta inicial, Derrite afirmava que a PF só poderia atuar nos estados sob provocação dos governadores.

Em um segundo momento, alterou o texto dizendo que a PF tinha autonomia, mas precisava informar os estados sobre as investigações em curso. Com as críticas, ele acabou recuando definitivamente e retirando a PF de sua proposta.

A tramitação do projeto e as críticas a Motta estremeceram neste momento a relação entre ele e o governo Lula. Mas ministros já o procuraram para tentar acalmar a situação.

 

  • Folha/Coluna Mônica Bergamo
  • Foto: Câmara dos Deputados

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