Verão começa neste domingo e temperaturas devem se manter no Litoral da Paraíba
O verão começa neste domingo, em todo Brasil, e se estende até o final de março. Na Paraíba, as previsões meteorológicas apontam que a estação deve trazer temperaturas apenas um pouco acima da média que já vem sendo registrada durante a primavera. As regiões onde a população pode sentir um calor mais elevado são as do Sertão e Alto Sertão, com cerca de 38°C. Já no Cariri, elas ficam em torno de 32°C, mesma média do Litoral, e no Agreste e Brejo, por volta de 29ºC a 30ºC. Quanto às chuvas, elas devem ocorrer dentro do previsto para esta época, ou abaixo disso. As mudanças rápidas nas condições do tempo também devem ser comuns, dessa forma, dias de sol podem ser alternados por momentos de chuva e vice-versa.
A meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa-PB), Marle Bandeira, reforça que, nos últimos anos, o período da primavera já tem sido muito quente, com temperaturas de verão, e que não devem haver grandes alterações com a mudança de estação. “Em Campina Grande, por exemplo, a gente registrava 32ºC geralmente no verão, e este ano já registramos essa temperatura agora na primavera”, comenta ela, que especifica que as temperaturas devem ficar em torno da média, com previsão de aumento de apenas 0,5. “Os locais onde realmente são registradas temperaturas mais elevadas são na região de Patos, que podem chegar a registrar 38ºC a 40ºC, em alguns dias do verão”, explica.
O verão no território paraibano também coincide com o período mais chuvoso em algumas regiões: Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú, sobretudo no mês de março. “E essas chuvas, a tendência aponta que elas devem ocorrer de maneira normal a abaixo da média, com irregularidade bastante acentuada, tanto no tempo quanto no espaço. Ou seja, pode chover mais em um determinado local, e em outros não”, afirma Marle.
Ela explica que isso se dá devido às temperaturas da superfície do mar, fator que influencia na possibilidade dessas precipitações: “No Atlântico, para a gente ter uma condição favorável a ocorrência de uma chuva melhor distribuída no estado da Paraíba, na região semiárida, no norte teríamos que ter temperaturas mais frias, e no Atlântico Sul, mais quentes, e o que temos é basicamente uma condição mais fria em ambos os pólos, o que não favorece as chuvas, por isso elas devem ficar na normalidade ou abaixo disso”, destaca.
Marle ressalta que, para acompanhar as variações de tempo e a temperatura, a população pode consultar o site da Aesa, no endereço: www.aesa.pb.gov.br. Lá é divulgada a previsão diária e outros boletins relacionados às chuvas, nível de açudes e outras informações.
Cuidados com a pele
O aumento das temperaturas, mesmo que sutil, requer cuidados com a pele. Sobretudo neste período, onde é mais comum a longa exposição ao sol, em praias, piscinas ou outras atividades de lazer ao ar livre. Por isso, o médico dermatologista, cirurgião dermatológico e oncologista cutâneo, Otávio Lopes, ressalta que é essencial não esquecer de usar o filtro solar. “A radiação solar afeta a pele principalmente pela ação da radiação Ultravioleta (UVA e UVB), que nesta época do ano fica muito intensa. são essas radiações que provocam queimaduras solares, envelhecimento, manchas e os cânceres de pele”, aponta.
Porém, ele lembra que o sol é também benéfico à saúde, sendo essencial para a síntese de vitamina D, pela ação da UVB, mas que é preciso evitar excessos. A exposição em períodos 10h e às 16h, quando há maior incidência de raios ultravioleta B (UVB), por exemplo, deve ser evitada, sobretudo sem proteção. “O cuidado que devemos ter é evitar ao máximo as queimaduras solares, pois quanto mais queimaduras tivermos tomado na vida, maior será nossa chance de desenvolver os cânceres de pele”, alerta. Além do uso do protetor solar, outras estratégias como estar debaixo de guarda-sóis ou tendas, usar bonés, chapéus e roupas de proteção UV, também são importantes para evitar o sol intenso.
E em casos em que se notar manchas, sinais, ou o aparecimento de outras mudanças na pele, é essencial procurar um dermatologista. “Sobretudo na identificação de qualquer alteração na pele que esteja durando mais de 15 dias. O aparecimento de “feridinhas” que não estão cicatrizando em pessoas acima de 40 anos deve servir de alerta”, destaca o médico.
- Texto de Samantha Pimentel para o Jornal A União
- Foto: Pixabay/Pexels

