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Trump ameaça deportar Elon Musk após críticas e racha político: “Talvez tenha que voltar pra África do Sul”

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira (1º) deportar o bilionário Elon Musk, em meio ao racha público entre os dois. A declaração, dada durante evento oficial, veio após Musk detonar o novo projeto de lei orçamentária do governo: “Não sei. Teremos que analisar”, disse Trump ao ser questionado sobre a possibilidade de deportar o dono da Tesla e da SpaceX.

Musk, que nasceu na África do Sul e é naturalizado americano, foi um dos maiores apoiadores da campanha de Trump em 2024 e chegou a integrar o governo como chefe do DOGE (Departamento de Eficácia Governamental). O rompimento aconteceu em maio, após divergências sobre subsídios à indústria de veículos elétricos e políticas ambientais.

No sábado (28), Musk usou sua rede X (ex-Twitter) para atacar o projeto orçamentário, acusando o governo de “destruir milhões de empregos” e de abandonar setores estratégicos como energia limpa e veículos autônomos. Em resposta, Trump disparou no Truth Social:

“Talvez tenhamos que impor o DOGE sobre Elon. Sabe o que é DOGE? É o monstro que pode devorar o Elon.”
“Sem subsídios, Elon teria que fechar as portas e voltar pra África do Sul.”

Tesourada nos contratos

As empresas de Musk são dependentes de bilhões em contratos e incentivos federais. Segundo o Financial Times, só Tesla, SpaceX e Starlink somam mais de US$ 20 bilhões em acordos com o governo dos EUA.

Com a nova proposta de Trump, esses benefícios seriam cortados. A Tesla, por exemplo, perderia os créditos fiscais que impulsionam suas vendas nos EUA. Resultado: as ações da montadora caíram mais de 4% nesta terça-feira.

“Sem apoio do governo, o futuro da Tesla fica mais nebuloso. O risco político agora pesa sobre o negócio”, avaliou Gene Munster, da Deepwater Asset Management.

“CORTE TUDO. Agora”, reage Musk

Mesmo sob ataque, Musk não recuou. Escreveu no X: “Estou literalmente dizendo: CORTE TUDO. Agora.” Depois, em tom mais contido: “Vou me abster por ora.”

O embate entre o presidente mais poderoso do planeta e o homem mais rico do mundo escancara um choque de interesses que pode ter efeitos profundos sobre política, economia e tecnologia. E já deixou claro: o racha não é só pessoal. É estratégico.

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