FCJA e cineasta paraibano marcam presenças em festival internacional em São Paulo
O cineasta paraibano Marcus Vilar, que também é pesquisador colaborador da Fundação Casa de José Américo (FCJA) e conhecido por suas obras premiadas “A Árvore da Miséria” (1998) e “O Meio do Mundo” (2005), participa, nesta quinta-feira (19), do Festival Internacional do
Documentário Musical (In Edit Brasil), com seu documentário “Jackson – na batida do pandeiro” (2019). A exibição acontece às 16h, na Cinemateca Brasileira, na cidade de São Paulo. O filme, que tem duração de 97 minutos, foi uma produção de Marcus Vilar e Cacá Teixeira (falecido em 2024).
O documentário apresenta o universo íntimo e musical do artista paraibano Jackson do Pandeiro. Compõem a obra depoimentos inéditos sobre o artista, sua participação em filmes, programas de rádio, as relações pessoais conturbadas, o ostracismo e a retomada artística, até sua morte, em 1982, na capital federal.
Marcus conta que o filme começou a ser feito em 2003, mas foi interrompido e só foi retomado em 2013, quando se obteve os recursos
financeiros necessário para continuar. Para a realização da obra, Vilar e Teixeira percorreram as principais cidades em que o artista nasceu e se consagrou (Alagoa Grande, Campina Grande, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Brasília, essa última onde veio a falecer). Também foram gravados depoimentos de artistas renomados que tiveram “a influência do grande mestre”, como eles mesmos falam em seus depoimentos, a exemplo de Gilberto Gil, Gal Costa, Lenine e Elba Ramalho.
O filme teve consultoria do jornalista Fernando Moura, presidente da Fundação Casa de José Américo. Fernando, que também está participando do festival, enfatiza a importância de se reconhecer personagens como Jackson do Pandeiro. “Exibir este filme é uma oportunidade de mais pessoas conhecerem a riqueza da música brasileira e nordestina, e a grandeza de Jackson do Pandeiro”, diz.
