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Conheça o brasileiro de 17 anos que é a nova estrela do violino internacional

Foi quando o violinista brasileiro venceu o Concurso Fritz Kreisler, um dos maiores do mundo, após uma semana intensa de provas. “Ainda não sei como definir o impacto pessoal do que aconteceu, mas, do ponto de vista profissional, é uma mudança grande. Ter vencido o concurso significa uma atenção maior da mídia, novas oportunidades de tocar, um salto na carreira. É como se eu tivesse agora um certificado do meu valor como músico”, ele diz.

Como parte da premiação, ele fará concertos na Lituânia, na Rússia, na Itália e uma turnê pela Ásia. Tinha 5 anos quando pegou o violino pela primeira vez. Quando estava com 12 anos, em 2018, o violinista conquistou o primeiro feito internacional, ficando entre os finalistas do Concurso Menuhin, na Suíça, recebendo o prêmio do público e de música de câmara. Em 2021, foi um dos vencedores do Concurso Jovens Solistas da Osesp, na Sala São Paulo.

“Para mim, como indivíduo e profissional, a Elisa é fundamental. Ela me moldou de um jeito com o qual eu passei a ser capaz de mostrar minhas ideias musicais”. Por mais que o violino estivesse ao seu lado desde a infância, a relação com o instrumento foi construída ao longo do tempo. “E de repente veio o sucesso, até porque eu tinha só 9 anos, era bonitinho”, ele lembra.

A sensação não mudou muito nos anos seguintes. ” Eu fui mesmo para a Suíça fazer o Concurso Menuhin não por conta de um desejo pessoal, mas porque as pessoas me prepararam e me consideraram pronto. ” Após o concurso, no entanto, algo mudou. Claro, havia uma paixão pela música, mas não no sentido de pensar em um futuro como músico profissional, em uma carreira.

Mas depois do Menuhi me dei conta de que podia ser mais do que eu imaginava. Nas finais, ele interpretou o Concerto para Violino de Brahms, um dos mais exigentes do repertório. Mas o de Brahms me daria a chance de mostrar o que sou como músico. Eu poderia mostrar tanto a técnica quanto a musicalidade que ele exige, além da presença no palco e da força de sentimentos que a música evoca.

Guido conta que foram meses de preparação, de muito estudo, eu sozinho no meu quarto, melhorando, pensando, buscando um olhar mais maduro. Por isso mesmo, foi um processo, ele diz, mais estressante. «O Guido de 17 anos é muito diferente do Guido de 12 anos. Desta vez, havia a preocupação de apresentar tudo aquilo que posso mostrar como músico».

Futuro

Sonatas de Brahms, Beethoven, Franck, Fauré. São obras incontornáveis do repertório para violino, que podem ajudá-lo a mostrar sua personalidade como artista. E, com a vitória no Kreisler, espera conseguir mais facilmente espaço em alguma universidade para seguir com seus estudos fora do Brasil a partir de 2023.

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