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Recenseadores paralisam atividades e reivindicam melhorias nas condições de trabalho

Nesta quinta-feira, em João Pessoa, os recenseadores paralisaram atividades para reivindicar melhores condições de trabalho e questionaram a logística para receber os pagamentos. A decisão foi informada após uma breve manifestação com 14 profissionais em frente à sede do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no centro. Não há detalhes de quantos trabalhadores paralisaram as atividades.

Apesar de ocorrer na capital, o movimento é nacional, com manifestações ocorridas em diversas cidades de forma simultânea. Em contato com a unidade estadual da Paraíba do IBGE, foi informado que o superintendente do instituto receberá alguns recenseadores para uma reunião, na tarde desta sexta-feira.

Alguns recenseadores informam que estão sem receber a remuneração por trabalhos realizados há mais de 15 dias, além do pagamento do treinamento. Outra reivindicação é pela ausência de auxílio para a alimentação e em busca de uma maior divulgação dos serviços do censo, já que muitos recenseadores precisam retornar a algumas residências diversas vezes em casos de ausência.

A violência também é um dos fatores alarmantes, segundo dados do IBGE, sete recenseadores foram vítimas de assalto em municípios paraibanos enquanto prestavam o serviço. O país registra ainda, casos de violência contra os profissionais, entre eles, uma tentativa de estupro enquanto trabalhava em Jequiá da Praia-AL. Outros boletins de ocorrência foram abertos com o relato de outras violências sofridas.

No início da noite de ontem, o IBGE emitiu um posicionamento oficial. Em nota, a coordenação nacional informou que mesmo com as manifestações e o posicionamento de paralisação, a coleta do Censo 2022 transcorreu normalmente neste 1º de setembro. Mas confirmou que alguns recenseadores pediram para conversar com as superintendências do IBGE, em alguns estados já foram recebidos e ouvidos.

Sobre os atrasos de pagamento, o IBGE ressaltou que “mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores já foram sanados desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo”, afirmou em nota.

O texto ainda esclarece que as unidades estaduais deram assistência aos servidores envolvidos nos casos de violência e, quando necessário, deram orientações quanto ao registro da ocorrência junto aos órgãos de segurança pública, relembrando que os recenseadores e demais trabalhadores que atuam no Censo 2022 são servidores públicos federais. Crimes contra eles são sujeitos a investigações federais. “Os incidentes ocorridos com alguns recenseadores durante seu trabalho de coleta de dados foram pontuais”, declara.

Transcrito do jornal A União

Foto: ABr

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