Planalto monta ofensiva para se reaproximar de Hugo Motta e Davi Alcolumbre

Nos bastidores: Duas reuniões nos últimos dias marcaram esse movimento.

A ministra Gleisi Hoffmann e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, se reuniram com o presidente da Câmara na noite de quarta (26), após a cerimônia de sanção da lei que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda.
O encontro ocorreu na residência oficial de Motta, a pedido de Gleisi, e foi descrito como “positivo” por integrantes do Planalto, embora ainda admitam que ainda há um longo caminho a percorrer para normalizar as relações.

Ontem (27), segundo apurou o JOTA, outra reunião deu início à reaproximação com Alcolumbre.

O encontro, no gabinete do presidente do Senado, ocorreu momentos antes da sessão do Congresso que analisou vetos presidenciais.

A composição foi, no mínimo, inusitada.

Além de Alcolumbre e Guimarães, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, o deputado Carlos Zarattini, o senador Flávio Bolsonaro e o governador do Rio, Cláudio Castro.
Representando a Secretaria de Relações Institucionais, estava o secretário de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano, que presidiu a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) entre 2019 e 2023 e perdeu a eleição para o Senado em 2022.
Segundo relatos, o clima do encontro foi bem mais descontraído do que o que se viu no Senado nos dias anteriores, após Lula ter preterido Rodrigo Pacheco para indicar Jorge Messias ao STF.
O encontro havia sido mantido em segredo. Mas Alcolumbre e Randolfe fizeram questão de se abraçar em público e distribuir sorrisos ao final da sessão do Congresso.

Sim, mas… Não se pode dizer que a crise entre Planalto e Senado está encerrada.

Há ainda a expectativa de uma reunião entre Lula e Alcolumbre para acertar os ponteiros, o que deve ocorrer nos próximos dias a pedido do presidente da República.
Esse passo é visto como fundamental também para viabilizar a aprovação de Jorge Messias para a vaga no STF.