terça-feira, outubro 21, 2025
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Peru vive novo caos político após impeachment de Dina Boluarte

O Peru mergulhou em mais uma crise institucional após o Congresso aprovar, nesta sexta-feira (10), o impeachment da presidente Dina Boluarte, sob a justificativa de “incapacidade moral permanente”. A decisão, vista por analistas como mais um golpe de Estado no país andino, foi aprovada por 122 votos a favor, sem votos contrários nem abstenções.

Com a destituição, o presidente do Congresso, José Jerí, assumiu imediatamente o comando do país, conforme previsto na Constituição. Ele permanecerá no cargo até 26 de julho de 2026, data que marcaria o fim do atual mandato presidencial.

Transição e reconciliação nacional
Em seu discurso de posse, Jerí afirmou que seu governo será voltado à “transição, empatia e reconciliação nacional”, pedindo união diante da prolongada crise política que atinge o país.

“Povo peruano, hoje assumo humildemente a presidência da República por sucessão constitucional para instalar e liderar um amplo governo de transição, de empatia e reconciliação nacional”, declarou o novo chefe de Estado.

Jerí também apelou pela construção de “acordos mínimos” diante da instabilidade crônica que o Peru enfrenta, marcada por sucessivas quedas de presidentes, enfraquecimento das instituições e aumento da criminalidade.

Despedida de Dina Boluarte
Pouco após a votação, Dina Boluarte fez um pronunciamento no Palácio do Governo, no qual defendeu sua administração e destacou avanços em políticas sociais.

“Em todos os momentos, clamei pela unidade, pela colaboração e pela luta pelo nosso país”, afirmou a ex-presidente, em tom de despedida.

Boluarte havia assumido o poder em dezembro de 2022, após a destituição de Pedro Castillo, e enfrentava forte rejeição popular e constante pressão política. Sua queda aprofunda o ciclo de instabilidade que já fez o Peru ter seis presidentes em menos de dez anos, com sucessivos impeachments, renúncias e denúncias de corrupção.

Crise institucional e incerteza política
A nova ruptura reforça a percepção de que o Peru vive uma crise de governabilidade estrutural, na qual o Congresso se consolidou como centro de poder, substituindo repetidamente presidentes eleitos.

Com José Jerí no comando, o país enfrenta a incerteza sobre a possibilidade de novas eleições ou a continuidade de um ciclo de rupturas que ameaça paralisar a democracia peruana.

Com informações da RT Brasil

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