segunda-feira, dezembro 8, 2025
Cultural

Panapaná chega à 10ª edição com a exposição “Reencantamento” e homenageia a artista Alice Vinagre

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) abre, nesta sexta-feira (28), às 17h, a exposição coletiva “Reencantamento”, sob curadoria do crítico e pesquisador Lucas Dilacerda, reunindo obras que discutem a água, o tempo e a reconexão com a ancestralidade. A mostra faz parte da 10ª edição do Panapaná, evento dedicado às artes visuais realizado anualmente em João Pessoa.

4 Panapaná chega à 10ª edição com a exposição “Reencantamento” e homenageia a artista Alice VinagreA mostra reúne obras dos artistas Kal Yoga, Aídyne Martins, Inara Marchi, Felipe Tomaz de Morais e Luiza Ribeiro, selecionados por edital. A edição também conta com a participação especial da artista Alice Vinagre, homenageada desta edição e figura central na história das artes visuais paraibanas.

Antes da abertura, ao longo desta semana, os artistas participam de encontros e discussões conceituais conduzidas por Dilacerda, etapa preparatória que integra o processo criativo do Panapaná e fortalece o diálogo entre produção artística, curadoria e comunidade. O público também pode participar de atividades educativas conduzidas pelo grupo Educativo Arte no Chão, formado por Mariana Lira e Lucas Alves.  3-4 Panapaná chega à 10ª edição com a exposição “Reencantamento” e homenageia a artista Alice Vinagre

Reencantar o mundo pela arte – Com obras instalativas e poéticas que atravessam memória, natureza e espiritualidade, a exposição aborda a água como organismo vivo, ancestral e portador de histórias. Inspirado em pensadores como Nego Bispo e Ailton Krenak, o conceito de reencantamento reflete uma reação ao “desencantamento do mundo”, tensionando os efeitos da racionalidade moderna que afastou o mistério e o sagrado da vida.

Na mostra, a água aparece como elemento vital e arquivo de memórias; a cidade, como território de disputas e apagamentos; e a ruína, como dobra do tempo que resiste às políticas de esquecimento. “A arte, nesse contexto, opera como dispositivo de reencantamento: reabre fendas no real, restabelece vínculos com a Terra e reinscreve modos de existir”, afirma Lucas Dilacerda.

2-5 Panapaná chega à 10ª edição com a exposição “Reencantamento” e homenageia a artista Alice VinagreAo reunir ancestralidade, memória e imaginação, “Reencantamento” reafirma a potência do Panapaná como espaço de experimentação, formação artística e reflexão crítica sobre os modos de existir e habitar o mundo.

Sobre o curador Lucas Dilacerda – Curador e crítico de arte, membro da AICA, ABRE, ABCA, ANPAP e de comitês curatoriais nacionais. Premiado pela ABCA pela curadoria da Bienal Internacional do Sertão, já realizou mais de 60 curadorias, 80 cursos e 250 apresentações em instituições como MAM-Bahia, Instituto Goethe, Museu de Arte do Espírito Santo, Parque Lage e Sesc-SP. Autor de mais de 70 textos e artigos publicados, é professor de Estética e História da Arte e possui ampla formação acadêmica em Artes e Filosofia, com distinção Summa Cum Laude pela UFC.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *