Política

Daniella Ribeiro: “Votação do orçamento do país é meu foco. Moído da política fica pra mais tarde”

A senadora Daniella Ribeiro (PSD) disse, hoje, que não há condições, nesse momento, de tomar qualquer decisão em relação às eleições municipais do próximo ano. Seu nome está sendo cotado para prefeita de Campina Grande. 

“Nosso foco está voltado para o orçamento brasileiro. Como presidente da Comissão de Orçamento do Senado, tenho um a responsabilidade muito grande em relação a isso, e é uma oportunidade, também, para trabalhar mais pela Paraíba. Com a votação do orçamento anual, precisamos trazer recursos que possam contemplar nossa região e nosso estado com investimentos em infraestrutura. O moído de Campina Grande vai ficar mais pra frente. Mas, certamente, o PSD estará participando, a oposição terá que ter um nome forte”, afirmou, durante café da manhã com a imprensa da capital para apresentar a revista “É ela”, com informações de seu mandato, sobretudo nesse primeiro semestre de 2023.

Ela vem recebendo diversos apelos para sair candidata a prefeita, inclusive reforçados neste feriadão, que ela passou em Campina Grande. “Eu fico emocionada, me sinto muito honrada. Mas, se a gente não puder assumir essa responsabilidade, temos que ter a preocupação de apoiar alguém realmente comprometido com Campina Grande. Não dá mais para comemorar calçamento de uma rua. Municípios muito menores que Campina, como Cabaceiras, com cinco mil habitantes, contam com gestões eficientes, com uma visão de investimentos muito maior”, comparou.

Também há rumores de que ela saia candidata a deputada federal e o irmão, Aguinaldo Ribeiro, ao Senado, em 2026. “Isso passaria pelas eleições do próximo ano. Em política, nunca podemos dizer ‘não’. Mas em qualquer caso, não pode ser uma decisão pessoal. E não há disputa em nossa família. Decidimos tudo em conjunto”.

“A gente vive um momento interessante, porque o meu filho Lucas é vice-governador e, vindo a assumir o governo no próximo ano, em caso de desincompatibilidade do governador João Azevêdo, eu não poderei ser candidata a prefeita, e sim à reeleição. É um bom problema (risos). Mas essa será uma avaliação a ser feita mais à frente”

Políticas para as mulheres

Daniella, que também é líder da bancada feminina, informou que na análise do orçamento para o país há uma preocupação especial em relação às políticas públicas para as mulheres. “Hoje conta-se como orçamento para as mulheres os investimentos em creches, por exemplo, que, na realidade, beneficiam toda a família. Políticas para as mulheres têm que beneficiar apenas as mulheres. Se formos para a ponta do lápis, o orçamento para as mulheres é inferior a 1%, e não pode mais ser assim”.

Segundo ela, há também uma preocupação, nessa área, em relação à violência política de gênero. “Nós, parlamentares mulheres, precisamos ter o direito de nos indignar e fazer nossos pronunciamentos sem sermos alvo de pilhérias como ‘ela está nervosa’, ou ‘ela é mal amada’ e outras expressões que nos desqualificam. E outra coisa: não temos uma mulher na Mesa do Senado. Isso também precisa mudar”, avisou.

Redução de mandatos

Em relação à possibilidade da Paraíba perder parlamentares na Câmara dos Deputados, em razão do resultado do Censo, a senadora afirmou que acompanha esse debate com muita preocupação. “Querem fazer economia de quê? Só se for de recursos para os estados que são carreados pelos deputados federais, economia de mais obras, de mais investimentos. Porque perdendo representantes, perdemos recursos, também”, reagiu.

Por Gisa Veiga

Fotos: Gisa Veiga

 

 

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