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Bayeux ganha um xerife: Terruel chega pra botar banca; contraventores que se cuidem

Parece que a cidade de Bayeux ganhou seu xerife na pessoa do esfuziante e trepidante delegado Alan Murilo Terruel, uma versão tabajara do delegado da novela Pega-Pega (delegado Siqueira), que não resiste à ribalta, uma crítica velada e inteligente que a Globo faz a esse perfil de autoridade midiática que adora e persegue seus momentos de glória.

Terruel chega em Bayeux

Terruel é reconhecidamente um delegado competente e já teve seu momento de fama no Fantástico ao mandar para as grades uma comitiva de vereadores de Santa Rita que havia ido gozar o frio das serras gaúchas com dinheiro público e encontraram na volta Terruel e as tradicionais algemas.

No Conde, a passagem do delegado de ruivos cabelos não foi diferente e ele mandou para as grades boa parte da base da prefeita Márcia Lucena.

Dessa mata sai coelho

Com esse cartel, Terruel está sendo aguardado com expectativa e entusiasmo pela sociedade de Bayeux, uma cidade assolada pela corrupção e que não encontrou ate agora nenhuma autoridade com topete para conter essa onda avassaladora da criminalidade rasteira.

Ontem, misturando alhos e bugalhos, Terruel abriu a lona do circo que costuma armar nas suas operações e levou para delegacia um punhado de gente sem, aparentemente, o cuidado de separar o joio do trigo.

Parabéns, ao delegado e que seja bem-vindo a Bayeux, onde pilantras de toda qualidade prolifera impunemente, mas seria bom que Terruel prestasse atenção ao atacado em vez do varejo e voltasse o seu olhar devassador para a prefeitura da cidade, considerado como o antro da promiscuidade de Bayeux.

Em Bayeux, o que não vai faltar ao delegado são operações que lhe possibilitarão uma visibilidade que jamais alcançou na sua exitosa carreira de paladino da Justiça.

A começar pelas bancas de bicho, espalhadas pelas esquinas, uma contravenção penal que insulta a dignidade da justiça e a imparcialidade de autoridades como Terruel sabedoras das violações e da gravidade dessa atividade supostamente porta para a lavagem de dinheiro, muitas vezes arrecadado em investidas ao erário através de operações resto a pagar que já levou um prefeito para a cadeia e para o descrédito.

Terruel, com sua trajetória de autoridade de delegado cioso de suas responsabilidades podia enveredar por essa trilha da contravenção e quem sabe não chegaria aos esgotos da cidade onde sobrevivem e prosperam gordas ratazanas.

O jogo do bicho teria mais de 1000 pontos em Bayeux e age à luz do dia sem ser incomodado nem sequer fiscalizado em acintosa postura desafiando a Justiça e a Polícia sem que se saiba a razão para tanta impunidade e insolência.

Caberia também uma fiscalização do Ministério do Trabalho para saber em que se baseiam as relações trabalhistas desse enorme contingente de cambistas.

Nessa linha, Terruel abalaria muito mais a corrupção bem mais do que as supostas irregularidades em distribuição de feiras, algo irrisório se comparado, por exemplo, ao rombo dos 15 milhões de reais que as operações com restos a pagar provocaram nos cofres da cidade.

Mas, como Terruel chegou agora quem sabe ele não se dedique investigar o jogo do bicho e alcance ratazanas mais gordas do que as que se abastecem de cestas básicas.

Desde ontem, Terruel faz o que mais gosta depois de prender bandidos: dar entrevistas aos meios de comunicação.

O delegado Siqueira da novela Pega-Pega que se cuide.

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