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Inverno começa hoje e promete mais chuvas na Paraíba

O inverno 2023 começa na próxima quarta-feira. Os paraibanos já podem começar a tirar os casacos e guarda-chuvas dos armários porque a previsão é de chuvas e frio. Algumas regiões do Estado terão temperaturas mais baixas do que outras, a exemplo do Cariri, onde os termômetros deverão chegar a marcar 15º, e no Agreste e Brejo, com 16º, conforme a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa). As regiões com maior incidência de chuvas deverão ser Litoral, Brejo e Agreste. (via Jornal A União)

A estação mais fria do ano terá início exatamente às 11h58 e se estenderá até o dia 23 de setembro. “Neste período, o principal sistema meteorológico gerador de chuvas na Paraíba é constituído pelo Distúrbio Ondulatório de Leste, que são nuvens que se formam no oceano Atlântico e se deslocam em direção à costa leste do Nordeste, principalmente sobre as regiões do Agreste, Brejo e Litoral”, disse a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira.

As temperaturas mais baixas deverão ser registradas predominantemente durante as madrugadas. Em julho do ano passado a cidade de Cabaceiras, Cariri, chegou a registrar uma temperatura de 13,6º. A Roliúde Nordestina poderá ser atingida em 2023 com frio de 15º. A máxima para o período não deve ultrapassar os 28º.

Essa máxima também deve ser verificada na região do Litoral. Já a mínima, em cidades como João Pessoa, deverá permanecer nos 20º.

Em localidades do Brejo como Bananeiras, Solânea, Areia, Pilões, os habitantes devem ter dias mais frios a partir da próxima semana com a chegada do inverno. A mínima pode chegar aos 16º e a máxima 24º.

Para as regiões do Sertão e Alto Sertão a população deve enfrentar uma oscilação na temperatura em um curto período de tempo. Os sertanejos de municípios como Patos, Sousa, Cajazeiras, poderão experimentar no período da noite uma temperatura em torno dos 20º. Porém, durante o dia os termômetros deverão chegar a marcar de 31º, fazendo os sertanejos abrirem mão das roupas mais quentes, e procurando de volta as vestimentas mais leves.

Doenças do inverno

Durante o inverno existe uma incidência maior de pessoas acometidas por doenças como a gripe, rinite, asma e resfriados. Os médicos atribuem isso entre outros fatores, a uma maior propagação de partículas virais e bactérias, visto o agrupamento de pessoas em ambientes fechados.

“A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de inverno, e por isso as campanhas de vacinação se iniciam nos meses de outono. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros”, relatou a médica Maria Cândida Rizzo, membro do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Ela explicou ainda que as crianças e os idosos são os mais suscetíveis a essas doenças. “Na criança há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária e no idoso as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes. Isso tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis”.

A médica ressaltou ainda que entre as enfermidades respiratórias alérgivas, a rinite e asma são as mais comuns. A rinite alérgica tende a atingir as pessoas a partir dos dois anos de idade, chegando a acometer cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros.

Maria Cândida destacou também a asma, que acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. “A forma mais eficaz de prevenção é estar com a carteira vacinal atualizada. Também podemos prevenir das infecções tentando evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas. Outra recomendação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano e se não estiverem sob controle, os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros respiratórios graves”.

 

Cidades se prepararam para o inverno

Em João Pessoa a Prefeitura vem realizando algumas ações para tentar minimizar os danos causados pelas chuvas. A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) informou que reduziu de 110 para 30 os pontos considerados críticos de alagamentos na Capital no período chuvoso. Esse dado é referente ao período de fevereiro de 2021 até junho deste ano, onde o orgão, juntamente com a Defesa Civil, está intensificando as atividades.

Em alguns locais com histórico de alagamento, mesmo após o volume de mais de 200 milímetros de chuva nos últimos quatro dias, não houve acúmulo de água ou interdição de rua, como segundo o secretário da Seinfra, Rubens Falcão. “Em frente ao Ibama, na Avenida Nilton Júnior (Novo Milênio), Avenida Honduras, Ruy Carneiro, Castelo Branco, descida da Avenida Tito Silva, feira da Torre, Epitácio Pessoa, próximo ao Colégio Lourdinas, são alguns desses pontos”, descreveu.

Em Campina Grande o plano de redução de riscos de alagamentos está em execução desde o ano passado e intensificado a partir de janeiro de 2023, e refere-se a um conjunto de ações e medidas destinadas a minimizar os danos causados por alagamentos.

Ao todo, 18 áreas são monitoradas na cidade, como a comunidade Riacho Verde, próximo a Bodocongó, bairro das Cidades, Catingueira, parte do Tambor, e outros. Além disso, diversos canais e córregos têm exigido atenção, principalmente, por conta dos próprios moradores que usam de forma indevida estes locais como depósitos de lixo.

A população pode solicitar uma cópia do Plano de Ações da Defesa Civil 2023, através do whatsapp (83) 99645.2330.

 

Text:o: Giovannia Brito para o Jornal A União

Foto: Marcelo Camargo

 

 

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