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Após queda de 82 árvores com ventania, prefeitura reforçará manutenção com alta tecnologia

Após a queda de 82 árvores na capital paraibana, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Seman-JP) vai abrir uma licitação para selecionar uma empresa terceirizada para acelerar o processo de manutenção das árvores. Já a Defesa Civil de João Pessoa continua realizando um trabalho preventivo para mitigação de danos nas áreas de risco. Em breve, o órgão realizará a instalação de sensores e outras tecnologias capazes de identificar a ocorrência do movimento de massa ou elevação dos níveis dos rios.

Semam- JP

O diretor de Controle Ambiental (DCA) da Semam-JP, Anderson Fontes, informou que a Seman realizou o projeto da licitação, apresentando os objetivos e justificativa, mas a Secretaria de Administração está fazendo os trâmites legais.

 Das 82 árvores, 50% são de grande porte ( acima de 10 metros), 40% de média estrutura e outros 10% de pequeno porte. Segundo informações da Seman, 56 árvores foram da espécie exótica Ficus e 12 da espécie Leucena. As outras árvores foram espécies como Oliveira, Eucalipto, Ipê, Ingazeiros e Casseas, entre outros. O número de árvores tombadas foi o mais expressivo nos últimos 20 anos, considerando um curto período de tempo. Na avaliação de Anderson Fontes, o número expressivo de árvores tombadas tem relação com diversos fatores: vento atípico, arquitetura das copas descaracterizadas, raízes compactadas no solo e plantio incorreto pela população.

“Boa parte das árvores que caíram não tinha 30 anos, exceto a das reservas florestais da Mata do Buraquinho. No caso da reserva, as árvores caem devido à sucessão ecológica. Já as árvores urbanas têm vários fatores como arquitetura da copa descaracterizada, alvenaria em cima do sistema radicular acabou atrapalhando o desenvolvimento da raiz, entre outros fatores. No Parque Parahyba, algumas árvores jovens caíram, pois o solo era raso. Quando fizeram a cova, a raiz não desenvolveu bem, levando ao tombamento. A população também acaba plantando de forma incorreta”,disse.

Defesa Civil de João Pessoa

Segundo o coronel Kelson Chaves, coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, as áreas mais preocupantes que o órgão monitora são as comunidades ribeirinhas existentes, principalmente aquelas que margeiam o Rio Jaguaribe e algumas encostas e barreiras, com destaque para o Bairro São José, Cabo Branco, Alto de Mateus e Saturnino de Brito, pontos onde já ocorreram eventos de movimento de massa. “Esses locais, são periodicamente visitados e vistoriados por nossas equipes técnicas. Embora processem uma análise incipiente (a olho nu), até o momento a equipe não registrou novos casos, os locais se mantêm estáveis.

De acordo com o coronel Kelson Chaves, a instalação de sensores e outras tecnologias são capazes de identificar a ocorrência do movimento de massa como também a elevação dos níveis dos rios. “ Essas tecnologias vão auxiliar ainda mais as ações de prevenção e evacuação de trechos que estejam em risco geológico e hidrológico iminente”, analisou.

Os ventos fortes, em média 74 km/h na madrugada da última sexta-feira(16), causaram alguns transtornos como várias ocorrências de quedas de árvores e galhos; danificação de cobertas, janelas e vidraças mas, sem nenhuma perda de vida. Por fim, o coronel Kelson ressalta a importância da colaboração da população durante as ações preventivas. “A população tem respondido de forma muito confiante aos esforços da gestão, compreendendo a necessidade de contribuir igualmente na construção de uma cidade melhor para se viver”, frisou.

Seinfra

 Para minimizar o impacto das chuvas, a Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa ( Seinfra) informou que realiza ações diárias de manutenção como o trabalho na rede de drenagem e a operação Tapa-Buraco. Também foram feitas ações em vias que registraram alagamentos constantes, como ao lado do viaduto do Forrock, na Rua Francisco Leocádio Coutinho (próximo ao Bessa Shopping).Esse investimento na rede de drenagem tem ajudado a minimizar os alagamentos em alguns pontos da cidade.

Matéria de Sara Gomes para o Jornal A União

Foto: Reprodução

 

 

 

 

 

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