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PB registra maior crescimento por demanda de crédito no NE

A Paraíba foi o estado do Nordeste que registrou o maior crescimento na demanda por crédito, em julho, com alta de 5,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em âmbito nacional, o estado só ficou atrás de Roraima (6,1%), conforme o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian. A média do país foi de crescimento de 1,1%.

Entre as unidades federativas, nove – sendo três do Nordeste – apresentaram retração na busca pelo crédito, o que representa 33% do total. O pior resultado foi do Distrito Federal, com queda de 9%. No Nordeste, o Rio Grande do Norte teve o pior resultado (-2,6%).

O economista e professor da UFPB, Cássio Besarria, comenta que a busca por crédito pode estar ligada a diversos fatores, incluindo a complementação de renda, aquisição de bens ou planejamento para investimentos. “A busca pode estar ligada a perspectivas otimistas, no recorte do crédito empresarial, por exemplo. Os empreendedores buscam crédito para ampliar sua capacidade produtiva, para expandir suas empresas”.

Cassio Besarria destaca que a Taxa Selic, instrumento da política monetária brasileira, ainda está alta (13,25% ao ano) e aponta a necessidade de realização de pesquisa antes da contratação de crédito. “No segmento empresarial, é recomendável procurar os órgãos de fomento, como o BNDES”.

O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito aponta que os negócios de grande porte foram os que mais demandaram por linhas de crédito, com crescimento de 8,6%, em julho. No segmento das micro e pequenas empresas, houve alta de 1,1%, enquanto que entre as de médio porte, houve retração de 1,8%.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o destaque aos negócios de grande porte é devido à oportunidade de expansão para mercados externos. Ao atenderem à demanda externa, conseguem manter sua busca por recursos financeiros e realizar vendas em larga escala de maneira sustentada.

Na análise por setores, a categoria que contempla empresas do segmento “primário”, “financeiro” e do “terceiro setor” registrou acréscimo de 5,8%. Já o setor de serviços cresceu 2,8%. As atividades de comércio e indústria registraram quedas de 0,8% e 0,5%, respectivamente.

Thadeu Rodrigues, para o Jornal A União

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