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O Covid-19 não interrompeu as investigações do Gaeco; fontes da PF revelam que Gilberto Carneiro fez acordo de colaboração

O coronavírus tem um efeito devastador, segundo a maioria dos entendimentos, e sua contaminação transpôs as barreiras sanitárias e infectou as discussões políticas, ao ponto de ser traduzido como um instrumento de desestabilização do Governo Federal cujas fundações estão sendo abaladas pelas mesmas forças que destituíram o PT do Governo, confirmando que o vírus do golpismo permanece incubado na vida pública do país.

O Covid-19 não tirou os federais da rua

Para muitos, o coronavírus está se mostrando bem mais contagioso do ponto de vista político capaz de encurralar e embaralhar o Governo Bolsonaro, estraçalhando-se com declarações contraditórias, que apontam para divergências profundas dentro do primeiro escalão, onde e quando o presidente vem sendo desautorizado constante e publicamente consolidando assim a imagem de um desvairado cujo isolamento começa ser preparado em caráter de urgência.

Enquanto no plano nacional o Covid-19 contamina o Governo Federal asfixiando os pulmões do presidente, aqui na Paraíba isola e acoberta o que existe de mais corrupto na história republicana desse pequeno estado devastado por uma organização criminosa que infectou e destruiu os conceitos de moralidade.

Gilberto teria revelado detalhes de como funcionariam as ditas forças policiais

Colaboração

Mas o Covid-19 não conseguiu deter de todo o grupo de combate a corrupção e fontes ligadas a Policia Federal revelam ao portal que um dos integrantes de maior destaque da organização fez um acordo de colaboração.

O Ex-procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, teria aberto o bico e esvaziado o saco revelando detalhes da organização criminosa que devem abalar as fundações de um Governo ainda preservando parte do esquema, provavelmente o mais pernicioso e o mais dissimulado, sobrevivendo como consequência da intrincada rede de chantagens que estabeleceu através de escutas clandestinas e da imensa ramificação espalhada entre e dentro dos Poderes do Estado, onde autoridades se mostram impotentes para amputar seus tentáculos, supostamente pressionadas por segredos estarrecedores que, se revelados ao conhecimento público destroçariam reputações aparentemente as mais ilibadas.

Gilberto teria revelado que falta gente para reforçar esse meio de campo

A colaboração premiada de Carneiro já estaria surtindo efeito nesses setores, recolhidos a uma discrição que não lhe é peculiar já que chegados ao espalhafato e a pirotecnia que caracterizaram sua ações, nesses longos oito anos de ativa corrupção, cujas dezenas de denúncias encontraram as gavetas ou a cumplicidade como refúgios.

Esses focos, ainda em ação haja vista episódios explícitos de espionagem, inclusive dentro do próprio Governo, onde inquéritos e sindicâncias sobre subordinados ligados aos remanescentes da organização criminosa permanecem inconclusos mesmo flagrados em atitudes suspeitas nas proximidades de gabinetes oficiais.

As supostas revelações de Carneiro teriam deixado inquietos e recolhidos esses remanescentes submetidos a  uma inatividade que causa espanto e perplexidade confirmando que o tempo estaria se esgotando e os espaços e esteios já não seriam os mesmos de quando a solidariedade criminosa servia de escudo e cortina.

Segundo essas fontes, a colaboração de Gilberto ajudou jorrar luz sobre os recônditos mais sombrios da organização criminosa até agora nunca denominados genericamente apontados como forças policiais sob o comando do mais perigoso e violento dos membros da Orcrim socialista, o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho.

Gilberto teria revelado como agiam e como se estendiam essas ditas forças policiais que, entre outras coisas escoltavam o dinheiro da propina e apenas um coronel falecido teve seu nome apontado por um dos delatores.

O ex-procurador teria detalhado tudo, inclusive a aquisição e o uso de equipamentos de espionagem – sem suporte constitucional – supostamente utilizados na confecção de dossiês, que paralisariam e estarreceriam autoridades de todos os poderes.

Pelo visto a próxima fase da Operação Calvário vai mostrar que, se essas relações escabrosas tivessem sido apontadas quando o processo subiu para o STJ provavelmente ninguém estaria portando tornozeleiras, recolhidos às celas das prisões, e nenhuma dúvida restaria quanto a continuação do esquema criminoso no atual Governo.

Pelo silêncio e pelo recolhimento desses setores remanescentes da Organização Criminosa, ainda em atividade na gestão de João Azevedo, o Gaeco descobriu o mapa da mina.

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