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Hoje é o Dia Nacional do Fusca e haverá exposição no estacionamento do Mangabeira Shopping

Hoje (sábado, 20/1) é o Dia Nacional do Fusca, um dos modelos de carros mais queridos entre os brasileiros. A data homenageia a oficialização da produção do veículo pela Volkswagen no Brasil, em 20 de janeiro de 1959, na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Na capital paraibana, o evento de comemoração ao “fusquinha” começa a partir das 10h, no estacionamento do Mangabeira Shopping. A programação, que carrega o lema “O carro mais popular do mundo tem um dia só dele!”, inclui uma exposição não só do modelo de veículo homenageado, mas também de diversos carros antigos. Segundo o grupo organizador, o Clube do Fusca da Paraíba (CFPB), serão mais de 100 veículos expostos durante o dia. Além disso, o evento que tem previsão de duração até às 21h, contará com sorteio de brindes, exposição de miniaturas, entrega de troféus e concurso para eleger o carro mais bonito. A parte musical começa a partir das 18h30, com o show da banda Ory Neto Trio.

O encontro reunirá amantes do inconfundível veículo, como o diretor técnico do CFPB, Alysson Gondim. Ele contou que a paixão pelo carro começou muito cedo por influência paterna. “Minha história começa com um Fusca 1980 que foi do meu pai. Tive a primeira experiência em dirigir um automóvel nesse fusca, manobrando ele dentro da garagem”, contou. Depois desse primeiro contato, ele já possui aproximadamente oito Fuscas.

Ele contou que, apesar da dedicação, manter o carro não se torna uma tarefa complexa. “Para manter nossos Fuscas, conhecemos pessoas competentes em nossa região. Muita coisa com o passar do tempo a gente vai aprendendo. A manutenção do fusca é muito simples, e com um pouco de conhecimento de mecânica você mesmo aprende a fazer boa parte da manutenção”, explicou.

Mesmo assim, ainda existem despesas consideráveis, principalmente se é feita algum tipo de personalização, como explica o presidente do Clube do Fusca, Jairo Costa. “Manter um fusca preservado e a toda prova requer tempo e certas despesas”, disse. Jairo contou que já fez uma restauração total no carro que possui há cinco anos, renovando componentes como funilaria, pintura, motor e tapeçaria automotiva. O carinho que o faz investir nessas modificações vem da infância: “É um carro clássico que me faz voltar no tempo”, contou.

O tipo de Fusca escolhido para chamar de seu depende muito do gosto pessoal de cada proprietário, algumas pessoas gostam de mudar drasticamente tanto o exterior quanto o inferior dos carros, que não é o caso de Alysson. O dono de um Fusca 1994, da série Itamar, revelou gostar dos fiéis do modelo de fábrica. “Eu gosto de carros originais, o mais original possível, com todas as suas peças e características de fábrica. Atualmente, possuo um fusca de apenas 41 mil km rodados, totalmente original”, detalhou. Seu carro está exposto na concessionária Promac Volkswagen, localizada no Brisamar.

CLUBE DO FUSCA

O amor pelo fusquinha é tanto em João Pessoa que existe até um grupo de entusiastas dedicados a ele.  De acordo com o Diretor Técnico do CFPB, o Clube do Fusca da Paraíba foi criado em 11 de setembro de 2005, com o intuito de estimular a cultura antigomobilista na capital paraibana. “Surgiu para reunir proprietários, colecionadores e admiradores do Fusca, o veículo mais amado do mundo” , comentou Alysson Gondim.

Com cerca de 30 associados, o CFPB é uma entidade sem fins lucrativos, que tem cerca de 30 associados. Ainda segundo ele, estão entre as atividades promovidas a realização de reuniões, exposições, desfiles, viagens, expedições e intercâmbios com pessoas e clubes locais ou de outros municípios, estados, regiões e países. Atrelado a isso, também são organizados eventos solidários, ajudando instituições de caridade.

A instituição é, ainda, reconhecida pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) – o antigo Denatran – para vistoriar e certificar a originalidade de veículos antigos. Gondim também detalhou que no acervo dos membros, existem  veículos Fusca e derivados da família Volkswagen refrigerados a ar, “mantidos dentro dos melhores níveis de originalidade e em conformidade com o código de trânsito brasileiro”.

Quando perguntado sobre as expectativas para o futuro do clube, Alysson se revelou otimista:

“O clube só tem a crescer. O fusca é um carrinho cativante. Antigamente a gente via muitas pessoas comprarem um fusca porque tinham história com o carro. Hoje, estamos vendo até pessoas mais jovens que nunca tiveram um fusca, se interessando e querendo comprar um”.

HISTÓRIA DO FUSCA

De “mascote” da Alemanha nazista ao quarto carro mais vendido da história, o Fusca conta com cerca de 23 milhões unidades produzidas, de acordo com o portal especializado em automobilismo Auto Papo.

Sua história começa na década de 1930, quando foram apresentados três primeiros protótipos do veículo ao governo da época. O Projeto do engenheiro automotivo Ferdinand Porsche, tinha o objetivo de criar  um carro popular, acessível e eficiente. O governo nazista apoiou o projeto e financiou a construção de uma fábrica em Wolfsburg, onde o Fusca começou a ser produzido em 1938. No entanto, a Segunda Guerra Mundial interrompeu a produção em massa do veículo, que foi adaptado para uso militar.

Após o fim da guerra, a fábrica de Wolfsburg ficou sob o controle dos britânicos, que retomaram a produção do fusca para uso civil. O carro ganhou fama mundial ao ser exportado para vários países, especialmente os Estados Unidos, onde ficou conhecido como Beetle (besouro, em inglês). O Fusca se destacou pelo seu design simples e arredondado, pelo seu motor traseiro refrigerado a ar, pela sua economia de combustível e pela sua durabilidade.

No Brasil, em 1953,  a Volkswagen se instalou no país e começou a fabricar o fusca em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Aqui, a fabricação ocorreu em dois momentos distintos: entre 1957 e 1986 e de 1993 a 1996. A volta da produção aconteceu por um pedido do então presidente Itamar Franco – por isso o modelo Fusca |Itamar.

Texto de Fernanda Dantas para o Jornal A União

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