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Exposição ‘O Milagre da Neve’ é aberta nesta quarta-feira na Casa da Pólvora

O Centro Cultural Casa da Pólvora recebe, a partir desta quarta-feira (26), a exposição ‘O Milagre da Neve’, dentro da programação da Festa das Neves, realizada pela Prefeitura de João Pessoa. A abertura será às 16h, com entrada gratuita, e contará também com uma apresentação da pianista Sandra Lemos. O espaço recebe visitantes todos os dias, das 9h às 17h, com entrada gratuita, e a mostra segue até 2 de setembro.

O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, observa que a exposição é parte do trabalho da Festa das Neves. “Como sempre tenho dito, a nossa Festa das Neves é muito singular, porque é uma festa de caráter religioso-popular que está apegada à nossa própria formação, à formação das nossas identidades”, avaliou.

Ele observa que a festa possui um valor sócio-arqueológico para a cidade de João Pessoa. “Além do parque de diversão, dos shows, da parte religiosa desenvolvida pela Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, estamos ofertando à cidade de João Pessoa uma retomada da sua memória”, afirmou.

A exposição contará a história de Nossa Senhora das Neves e a origem do nome da cidade. Vai falar também da Festa das Neves e, principalmente, da indumentária da imagem que representa a padroeira da cidade, além da história do ícone e suas derivações.

Devoção milenar – O curador Augusto Moraes, proprietário do acervo, explica que Nossa Senhora das Neves é uma devoção milenar romana e o que vai constar na exposição é o histórico do aparecimento da santa em Roma. Ele lembra que, no mundo, só existem três basílicas de Nossa Senhora das Neves, uma em Roma, outra na Antuérpia, na Bélgica, e a terceira na Paraíba.

“Nossa Senhora das Neves é um ícone, uma pintura medieval de origem bizantina que está em Roma. Essa imagem primitiva já teve várias derivações que vou explicar na exposição. No caso da Paraíba, que é o foco, foi criada, no século XIX, uma imagem de roca, aquela imagem branquinha que sai na procissão. Para o paraibano, a santa é aquela, apesar de que a Basílica tem uma escultura do século XX baseada no ícone primitivo romano”, observou.

Moraes diz que, no decorrer das últimas duas décadas, percebeu que a imagem precisava de roupas melhores e começou a investir, fazendo uma roupa nova todo ano. Contratou uma costureira, uma bordadeira e hoje são mais de 20 peças. Por isso, o foco da exposição vai ser a roupa, a indumentária.

Na exposição também haverá textos explicativos sobre a história da Paraíba, da Basílica. “São painéis escritos por algumas pessoas da Paraíba. É uma exposição bem didática. Também haverá um cenário das colinas de Roma, onde ela apareceu no Monte Esquilino”, completou o curador.

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