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Exportações da PB aumentam quase 50% de janeiro a maio

A Paraíba obteve resultado positivo em todos os meses deste ano na Balança Comercial Mensal, divulgada pelo Centro Internacional de Negócios da Paraíba (CIN-PB). Nos cinco primeiros meses deste ano o estado exportou US$ 86.149.472. O volume é 48,04% maior que o exportado no mesmo período do ano passado, quando o estado alcançou US$ 58.194.605. (via Jornal A União)

Entre janeiro e abril o valor das exportações totalizou US$ 75.481.071, um crescimento de 54,20% quando comparado ao mesmo período de 2023. Já de janeiro a março, a Paraíba exportou US$ 66.647.687, 88,62% a mais do que no ano passado. De janeiro a fevereiro o estado somou US$ 49.666.477 em exportações e um aumento de 119%. Por sua vez, em janeiro, as exportações somaram US$ 30.607.499, o que resultou em um crescimento de 212,43%.

Quando analisado o período de janeiro a maio, os países que mais compraram produtos da Paraíba foram Espanha, Gana, França, Portugal e Tunísia. Em maio os principais países de destino dos produtos foram República Dominicana, Argentina, Estados Unidos, Austrália e Espanha.

Já entre os produtos mais exportados estão calçados de borracha ou plástico; outros açúcares de cana; outro álcool etílico não desnaturado; ilmenita (minérios de titânio); outros calçados com parte de borracha ou plástico; outros calçados de matéria têxtil; mamões frescos; água de coco; outros sucos de abacaxi e granito.

O analista corporativo do CIN-PB, Tainã Fernandes, avaliou que o resultado da Balança Comercial mostra a retomada da economia na Paraíba, tendo em vista que no ano passado o estado ainda lidava com os efeitos da pandemia. Indica ainda que a venda dos produtos paraibanos no mercado internacional está maior, resultando em um impacto positivo no mercado local, o que mostra os produtos nacionais com competitividade no mercado global.

“Esse resultado obtido nunca é um único fator, são fatores diversos, como a qualidade e competitividade desses produtos, principalmente os mais exportados, que são os calçados de borracha produzidos aqui e enviados para o mundo inteiro. Com a indicação de recuperação da economia teremos agora um ritmo de crescimento maior”, pontuou Tainã Fernandes.

A Balança Comercial é divulgada mensalmente mostrando os resultados da Paraíba no comércio exterior, com o intuito de promover a disseminação de informações importantes sobre exportações e importações do estado.

Pandemia e guerra na Ucrânia causam impacto

A doutora em Economia, Camila Oliveira, explicou que a Balança Comercial é a união das contas de importação e exportação do país, sendo um importante indicador econômico. Uma balança comercial favorável contribui para o ingresso de moeda estrangeira no país, mais investimentos na economia, geração e manutenção de emprego e renda, e consequentemente, crescimento do PIB.

“Para as empresas locais é um movimento muito bom, pois uma maior exportação pode intensificar a entrada de capital estrangeiros, ou seja, mais investimento para as empresas locais, emprego e renda”, afirmou.

Ela destacou que o resultado obtido se deve à pandemia e a guerra da Ucrânia, que por sua vez, tem impactado nos preços das commodities e, consequentemente afetado positivamente a balança comercial.

 Importações têm queda de 25,52%

De janeiro a maio deste ano a Paraíba reduziu as importações em 25,52%. No período o estado importou US$ 377.920.087, enquanto nos cinco primeiros meses do ano passado foram contabilizados US$ 507.431.156 em importações. O resultado da Balança Comercial mostrou que os produtos mais importados no mês de maio foram óleos brutos de petróleo, malte não torrado, células fotovoltaicas, outros óleos e produtos da destilação do alcatrão de hulha, além de transformadores de dielétrico líquido.

Ente os principais países fornecedores em maio estão China, Estados Unidos, Uruguai, Índia e Rússia, enquanto no acumulado do ano aparecem China, Estados Unidos, Uruguai, Argentina e Rússia.

O analista corporativo do CIN-PB, Tainã Fernandes, explica que uma queda na importação depende do setor afetado. Segundo ele, uma queda nas importações pode estimular a produção e fortalecer algumas indústrias pela necessidade de suprir o mercado com os produtos. No entanto, com base nos produtos importados pela Paraíba, a queda na compra de matéria prima e insumos internacionais afeta as indústrias paraibanas.

“A indústria petroquímica que pega esses insumos e transforma em plástico, a indústria de asfalto, que cuida das nossas estradas, a indústria de lubrificantes usados em motores e máquinas, além da indústria siderúrgica. Todas essas indústrias podem ser afetadas pela diminuição desses produtos. Não temos a redução de um produto pronto, como o computador, que poderíamos deduzir que as empresas brasileiras estariam suprindo a demanda. A diminuição de produtos que são matéria prima indica que setores da indústria estão afetados. Importar muito indica que a economia está girando”, frisou.

A doutora em Economia, Camila Oliveira, acrescentou que uma queda das importações pode não ser tão bom para a economia, podendo surtir efeitos indesejáveis e até impulsionar uma desaceleração econômica, já que a economia depende de muitos produtos importados para produzir e crescer.

Matéria assinada por Michelle Farias no Jornal A União deste domingo

Foto: THIAGO MARQUES

 

 

 

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