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Com mais de 1 trilhão de visualizações, humor domina as telas do TikTok

A comédia é um dos principais gêneros dos vídeos publicados no TikTok, a plataforma chinesa que ganhou maior projeção desde o início da pandemia, em 2020. Uma pesquisa feita pela Nielsen para o TikTok, em 2021, aponta que o brasileiro já então usava o aplicativo para “levantar os ânimos”. Assim, não é coincidência que os números de visualizações nas hashtags relacionadas à comédia, como #Humor#HumorNoTikTok e #HumorChallenge somem cerca de 1,94 trilhão, 5,6 bilhões e 753,3 milhões, respectivamente. Via Folha de S. Paulo

Os formatos das peças produzidas pelos criadores vão de dublagens, “POV” (abreviação para “ponto de vista”, em inglês), a recriações de situações cotidianas e de cenas de filmes.

É o caso de Diego Cruz, 29, conhecido por reproduzir cenas clichês envolvendo personagens comumente chamados Tracy e Josh. Com alusão a filmes adolescentes e de comédia romântica produzidos em Hollywood, ele conquistou 1 milhão de seguidores em três meses. “Sou muito nostálgico, cresci com os filmes da Sessão da Tarde nos anos 2000, e sempre falei com meus amigos sobre essas cenas clichês. Quando fiz a primeira publicação com esse apelo, deu certo. Identifiquei a minha marca”, diz ao blog #Hashtag.

Hoje o ator e criador de conteúdo já conquistou uma audiência de 8,8 milhões de pessoas na plataforma. Quando começou a produzir conteúdo, em agosto de 2020, ainda conhecia o TikTok e estudava seu funcionamento. “Encarei como um trabalho desde o primeiro dia”, diz.

De maneira similar, o então estudante do Ensino Médio, João Vitor Mello, aproveitou o tempo de quarentena para se dedicar à comédia. Para ele, o humor faz sucesso porque pode gerar identificação. Atualmente, o criador reúne 1,9 milhão de seguidores no TikTok.

João Vitor diz que até hoje, aos 21 anos, a relevância do humor que produz também está no processo de fazê-lo. “O humor está aí para tornar as coisas mais leves em qualquer momento”, diz. Mas para ele, o humor tem limite: a integridade das pessoas.

Apesar de recentes discussões envolvendo os limites do humor nas redes sociais, hashtags como “HumorTemLimite” ou “HumorSemLimite” somam menos de 35 mil visualizações cada. Em maio deste ano, o comediante Fábio Porchat encabeçou uma série de defesas ao comediante Léo Lins, que apagou um de seus materiais publicados no Youtube a pedido do Ministério Público. O assunto gerou polêmica e debate sobre liberdade de expressão versus discursos criminosos.

Para Lucas Cunha, 24, é possível gerar identificação com conteúdo simples e engraçados, sem ofender ninguém.

“O que mais funciona na internet é o humor. Algumas pessoas, como eu, fazem comédia como profissão, mas outras são apenas espontaneamente engraçadas. Eu me sinto em paz nesse lugar: sou um comediante que hoje está na internet, e o meu maior desafio é achar humor onde as pessoas normalmente não o veem”, diz.

Criador do formato chamado “Hoje eu fui”, composto por dezenas de fotos que aparecem por um segundo, e estruturam uma narrativa divertida sobre a visita a algum lugar, por exemplo uma ida ao museu. Atualmente com 2,7 milhões de seguidores na plataforma, Lucas diz que fazer comédia é uma possibilidade de conectar pessoas.

Transcrito do site da Folha

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