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Chacina e resistência: relembre fatos históricos da realidade yanomami

Na Terra Indígena Yanomami, de 9,6 milhões de hectares, a situação das comunidades indígenas é muito preocupante, devido ao impacto causado pelo garimpo. Há décadas que lideranças indígenas e veículos de jornalismo independente denunciam a situação. Os Yanomami são um povo que se recorda constantemente de um dos eventos mais violentos e extremos de violação de direitos, conhecido como o Massacre de Haximu, o primeiro caso reconhecido pela Justiça brasileira como um crime de genocídio.

Em 2022, completaram-se 30 anos da homologação da Terra Indígena, mas a situação ainda não está resolvida. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em junho, a comunidade de Xihopi celebrou a data, mas também compartilhou relatos de episódios de violência ainda causados pelos garimpeiros. Estima-se que atualmente haja cerca de 20 mil garimpeiros na Terra Indígena Yanomami.

Em outubro de 2021, lideranças da comunidade Macuxi Yano relataram o desaparecimento de duas crianças, encontradas mortas. Em abril de 2022, uma menina de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros na comunidade de Aracaçá. A região é uma das mais impactadas pelo garimpo.

As comunidades Yanomami também enfrentam outras ameaças, como a fome, a malária e a contaminação pelo mercúrio. O Ministério da Saúde declarou uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) e instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE Yanomami) como resposta. A segurança alimentar das crianças Yanomami também foi alertada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em outubro de 2019, estimando que oito em cada dez crianças menores de 5 anos sofriam de desnutrição crônica.

 

Fonte: Agência Brasil

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