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Caso Abin: Diretor adjunto da agência é demitido e General Heleno vai depor na PF

Polícia Federal (PF) intimou o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), para depor sobre o suposto esquema de espionagem ilegal no âmbito da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A oitiva foi marcada para a próxima terça-feira (6/2) na sede da PF, em Brasília.

Nesta terça (30/1), o colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, já tinha informado sobre a possibilidade do ex-ministro ser ouvido pela PF.

Os agentes investigam o uso da estrutura da Abin para monitorar adversários políticos de Bolsonaro no período em que Alexandre Ramagem esteve à frente da agência. À época, o órgão era subordinado ao GSI, comandado pelo general Heleno. (Matéria completa em https://www.metropoles.com/brasil/pf-convoca-general-heleno-para-depor-sobre-espionagem-ilegal-na-abin)

Demissão

O governo Lula decidiu fazer mudanças na cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e demitiu o diretor adjunto da agência, Alessandro Moretti. Ele será substituído por Marco Cepik, que vai deixar o comando da Escola de Inteligência da Abin

A troca acontece após mais uma fase da operação da Polícia Federal que investiga a suposta espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Depois da ação, o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, levantou o sigilo da decisão que autorizou as ações e revelou as afirmações da PF sobre a atuação da cúpula da agência nomeada pelo presidente Lula.

Alessandro Moretti era diretor adjunto da Abin. — Foto: Luiz Silveira/ Agência CNJ
Alessandro Moretti era diretor adjunto da Abin. — Foto: Luiz Silveira/ Agência CNJ

Substituto

Cepik é cientista político e já foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS). Os diretores de sete departamentos da agência também serão substituídos, o que mostra uma ampla reestruturação do órgão de inteligência.

A avaliação é de que apesar de não haver uma denúncia concreta contra Moretti, houve um processo de desgaste, principalmente com a desconfiança por parte do governo federal sobre a relação do agora ex-diretor com Anderson Torres (veja mais abaixo).

Com isso, a situação ficou insustentável e a mudança foi efetivada para pacificar inclusive a própria agência. Ao mesmo tempo, a mudança estrutural na Abin garante a permanência do atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Correia, que também estava sendo criticado, inclusive por integrantes da Polícia Federal, instituição à qual ele pertence e já comandou no segundo governo Lula.

Fontes: Metrópoles e G1

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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