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Segue o Calvário: Ricardo Coutinho é denunciado pela 5ª vez, agora por desvios de R$ 20 milhões

O Grupo de Operações Especiais de Combate à Corrupção (Gaeco) denunciou, pela quinta vez, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) por supostos desvios de R$ 20 milhões de recursos públicos através de contrato firmado com a Cruz Vermelha Brasileira para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. A denúncia ocorre no âmbito da Operação Calvário e cita ainda pagamento de propina e fraude em processo de dispensa de licitação.

Ricardo Coutinho, que chegou a ser preso por determinação do desembargador Ricardo Vidal, em outra denúncia dentro da Operação Calvário que investiga desvios de mais R$ 134 milhões, através de pagamentos de propina com recursos públicos, cumpre medidas cautelares com o uso de tornozeleira eletrônica.

Além de Ricardo, outras 12 pessoas são acusadas de participação no esquema: Daniel Gomes da Silva (operador da Cruz Vermelha), Livânia Farias, Gilberto Carneiro, Waldson de Souza, Jovino Machado da Nóbrega, Ney Suassuna, Aracilba Rocha, Fabrício Suassuna, Otto Hinrichsen Júnior, Edmon Gomes da Silva, Saulo de Avelar Esteves e Sidney da Silva Shmid.

Um dos trechos da denúncia diz que “segundo constatado, o inédito modelo de gestão pública no Estado da Paraíba somente foi concretizado após prévio pagamento de propina e fraude ao processo de dispensa de licitação n° 27/2011, atos necessariamente precedentes ao CONTRATO DE GESTÃO N° 01/2011, que marcaria o início de um modelo de governança regado à corrupção, tingido pelo desvio de recursos públicos em prol de agentes políticos”.

Nesta ação, o socialista é denunciado por crime de corrupção passiva, crimes de licitação e de peculato. O Ministério Público da Paraíba pede a condenação dos 13 denunciados, além da perda da função pública. Pede ainda o ressarcimento de R$ 6,6 milhões ao erário público, correspondentes aos recursos desviados do Tesouro Estadual.

A Cruz Vermelha administrou o Hospital de Trauma de 2011 a 2019. O contrato foi encerrado pelo governador João Azevedo, em março de 2019, após a série de escândalos apurados pelo MP por meio da Operação Calvário.

*Sony Lacerda, especial para o Portal Correio.

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