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Onde ficará a fábrica da Apple no Brasil? Gigante estuda produção local após tarifaço de Trump

Apple avalia aumentar sua produção de iPhones no Brasil como forma de contornar as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos importados da China, Índia e Vietnã. As medidas, que entraram em vigor em 9 de abril, elevam significativamente os custos para empresas que fabricam fora dos Estados Unidos. As taxas variam entre 26% e 46%, afetando diretamente o setor de eletrônicos.

Com isso, o preço de aparelhos como o iPhone 16 Pro Max pode subir de US$ 1.599 para até US$ 2.300, segundo estimativas da Rosenblatt Securities — um aumento de até 43% que ameaça a competitividade da marca no seu principal mercado.

BRASIL GANHA FORÇA COMO ALTERNATIVA ESTRATÉGICA

Enquanto Trump reforça seu discurso protecionista e pressiona empresas a internalizarem a produção, o Brasil aparece no radar da Apple como uma rota viável. Isso porque os produtos fabricados em território brasileiro estariam sujeitos a uma tarifa bem mais branda: apenas 10%.

A diferença cria uma brecha que pode transformar o país em um polo mais atrativo para a montagem de iPhones destinados ao mercado norte-americano, especialmente num cenário de alta tributação global.

FOCO NA UNIDADE DE JUNDIAÍ

unidade da Foxconn em Jundiaí (SP), que já monta os modelos base do iPhone 13, 14 e 15, está sendo modernizada desde 2024 para receber também a produção do iPhone 16, segundo fontes próximas à operação. A Apple já possui autorização para fabricar esse modelo e pode pleitear a produção de versões mais avançadas localmente.

A mudança tem o potencial de ampliar a importância da fábrica brasileira no portfólio global da empresa, que historicamente concentrou sua cadeia produtiva na Ásia.

TRUMP APERTA O CERCO SOBRE MULTINACIONAIS

As novas tarifas de Trump fazem parte de um pacote mais amplo de medidas para fortalecer a indústria americana. Além dos eletrônicos, o presidente anunciou que pretende aumentar a taxação sobre chips, medicamentos e outros bens estratégicos. A estratégia é clara: forçar grandes corporações a transferirem sua produção para dentro dos Estados Unidos, mesmo que isso implique custos operacionais mais altos.

A Apple, por sua vez, se vê num dilema. Negociar isenções pode ser possível, mas arriscado diante do endurecimento da Casa Branca. A alternativa mais segura, ao menos por ora, parece ser diversificar sua produção fora da Ásia — e o Brasil pode sair ganhando.

 

Fonte: Meio News

Foto do Condomínio Industrial em Jundiaí, SP, onde ficam as instalações da Apple no Brasil/Reprodução

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