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O trucidamento moral que destrói reputações femininas, não recebe a solidariedade que o espancamento em Pâmela provocou no país

O caso do DJ Ives continua repercutindo por todo país emprestando certa projeção ao estado da Paraíba pela naturalidade do artista nascido em Santa Rita.

O repúdio vem sendo intenso e o DJ severamente punido pela Justiça cearense para servir de exemplo aos agressores de mulheres.

A Lei que leva o nome da artista não tem amparo na PB

A intensa repercussão sobre o espancamento de Pâmela revela as muitas formas de violência contra o sexo feminino: a física, que se comprova pelos exames de corpo de delito, destacam-se e impressionam pelos hematomas e ganham mais repercussão e solidariedade da opinião pública.

Mas, muitas delas sofrem outros tipos de agressão que violentam e deformam muito mais, porque atingem e destroem a reputação, impingindo danos morais, não tão visíveis assim, mas que deixam cicatrizes devastadoras e irreparáveis.

Em Bayeux não há constrangimento em acolher agressores

Casos terríveis de exposição da intimidade da vítima, exposta à execração pública, devastada pela maledicência que a mentalidade machista impõe e, como consequência tem a vida destruída incluída a convivência familiar.

Esse tipo de violência, apesar de uma inócua legislação, que pune com brandura esse tipo de agressão, pautada na Lei Carolina Dieckmann, não sensibiliza nem estimula a solidariedade à vítima desse trucidamento moral que permanece sendo torturada por um crime que não cometeu.

Essas exposições criminosas, quase sempre urdidas por tramas abjetas, são encaradas com naturalidade até pelas autoridades, incumbidas de apurar o caso, com uma tolerância e omissão que estarrecem.

E, não raras vezes, a vítima é encorajada a dar por encerrada as ações que promovem com o argumento de que, isso não vai dar em nada.

Essas vítimas de violência moral sofrem todo tipo de ataque e perseguição, que se estende ao ambiente de trabalho, onde chefes e companheiros se servem dos fatos para diminuí-la e discriminá-la moralmente num exercício de sadismo e preconceito que causa repugnância a quem tem conhecimento dessa tortura sem fim, que termina por levar ao esgotamento físico e mental.

Esses ataques, desferidos sórdida e cavilosamente, partem do anonimato e permanecem destruindo a vítima da violência moral, que não tem os hematomas para comprovar seu sofrimento e com eles angariar a empatia e a solidariedade que a opinião pública concede ao espancamento físico.

Não são raros e casos concretos dessa violência moral, que inclui principalmente o assédio sexual, acontecem com uma frequência assustadora diante da passividade da opinião pública, capaz apenas de se manifestar quando a vítima é espancada, mas indiferente ao linchamento moral.

Tão indiferente que autoridades responsáveis por essa proteção à mulher convivem e confraternizam com reputados aliciadores declaradamente contumazes desses crimes de violência moral sem sofrerem qualquer sansão ou represália da opinião pública, quase sempre tendente a crucificar a vítima dessas agressões.

O estarrecedor episódio do DJ Ives, nascido em Santa Rita, que recebeu o repúdio nacional pela violência física empregada contra a esposa, se estende e se repete na vizinha cidade de Bayeux, onde a reputação feminina é trucidada sem complacência, amparada pela omissão de autoridades.

Mulheres são destruídas por campanhas difamatórias, algumas promovida pelos maridos, mas nem um dedo se mexe para punir os responsáveis, muitos destacados figurões que se acobertam com o manto da hipocrisia e do cinismo, aboletados em cargos púbicos, ou em bancas de contravenção, trocando empregos e presentes por favores na cama.

 

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