PolíticaÚltimas notícias

Ninguém me quer ninguém me ama: Ricardo Coutinho sobre o isolamento político:

O ex-governador Ricardo Coutinho tem causado furor mesmo depois de toda tragédia que sepultou sua imagem de homem público soterrada num pântano movediço que engoliu sua reputação de governante probo, acostumado apontar o dedo acusador contra tudo e contra todos.

Repudiado pela opinião pública – e não apenas pelo eleitor -, Ricardo vem batendo na porta de algumas legendas à procura de abrigo repetindo o episódio triste de sua expulsão do PT, quando a sua índole beligerante era apenas a nódoa que maculava sua imagem bem ao contrario de hoje quando carrega o fardo pesado da corrupção, que tanto alegou combater.

Entre o Ricardo que deixou o PT por desavenças paroquiais, e o Ricardo que desmoronou sob o peso das acusações arremessadas pelo Ministério Público, há um mundo de escândalos, que resultaram em sentenças judiciais com consequências terríveis e desabonadoras para sua trajetória política, cujos estragos podem ser medidos pelo resultado eleitoral da disputa para prefeito, quando amargou um decepcionante sexto lugar.

Sem o lastro da popularidade, Ricardo navega à deriva nesse tempestuoso oceano político sem avistar um porto seguro onde possa amarrar a tosca jangada que os reveses da vida lhe reservaram e cujo mastro frágil já não sustenta a vela esfarrapada pelos açoites da Operação Calvário.

Arrastando suas correntes, o fantasma socialista resiste ao exorcismo e recusa a tumba que os adversários insistem em jogar os seus despojos numa desesperada luta para sobreviver à maldição que o seu estilo arrogante semeou pelo caminho.

Pela recusa do PT e pelo desprezo que o PSB demonstrou para sua saída da sigla, o calvário de Ricardo deve se arrastar por muito tempo ainda sem que o Mago encontre albergue para depositar sua mochila.

Ricardo vem encontrando resistência para estacionar seu grupo no PT paraibano, já escaldado com seu estilo beligerante de fazer política, onde nada mais prospera afora seus interesses nada republicanos como ficou sobejamente demonstrado pela Operação Calvário.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *