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MPPB solicita à polícia que repita tentativa de ouvir José Dumont em denúncia de pedofilia na PB

O Ministério Público do Estado da Paraíba solicitou à polícia que repita a tentativa de ouvir o ator paraibano José Dumont para dar andamento à investigação paralisada em Cabedelo. A recomendação foi feita após a prisão do ator no Rio de Janeiro, ontem (15), por armazenar fotos e vídeos de  pornografia infantil e por supostamente pagar por sexo com um adolescente de 12 anos.
Ele também é investigado por supostas relações sexuais com crianças e adolescentes na Paraíba. O caso foi denunciado em 2009, mas a investigação, que tramita em sigilo, não avançou. As tentativas de ouvir o ator foram frustradas. Após sua prisão no Rio, essa providência deve ser tentada novamente.
Notícia veiculada pelo site Tribuna do Norte, com informações retiradas do site Estadão, lembra que, em 2009, Dumont morava ou passava temporadas em um apartamento em Cabedelo. Uma vizinha, moradora de andar mais alto e com vista para o apartamento do ator, afirmou ao Ministério Público Federal que via Dumont receber crianças e adolescentes e praticar sexo ou atos libidinosos com eles. A denunciante, porém, não apresentou fotos, vídeos nem qualquer outra prova documental, nem indicou quem eram as supostas vítimas.
Segundo a notícia veiculada, a denúncia foi encaminhada à Polícia Civil, para investigações. Chamada a depor, a mulher confirmou as acusações, novamente sem apresentar provas documentais. Outra vizinha de Dumont também prestou depoimento e confirmou a denúncia, igualmente sem apresentar provas.
Um porteiro do prédio foi ouvido. Confirmou que o ator recebia crianças e adolescentes com frequência. Disse, porém, não ter considerado estranho porque, segundo o ator teria lhe dito, os visitantes eram parentes dele. O porteiro afirmou nunca ter flagrado nenhuma conduta suspeita do ator, no sentido de se aproveitar sexualmente dos visitantes.
Mesmo sem conseguir localizar as vítimas nem ouvir o ator acusado, a Polícia Civil paraibana concluiu o inquérito e o encaminhou à Justiça, à qual cabia acionar o Ministério Público. O processo foi distribuído à 1ª Vara Mista de Cabedelo em 28 de agosto de 2013. Já teve quase 150 movimentações, mas nunca houve denúncia, porque o MP-PB considerou a investigação incompleta.
Até hoje nenhuma vítima foi localizada. As autoridades conhecem apenas o apelido de uma delas. O ator tampouco foi ouvido. Quando procurado, por carta precatória, em São Paulo e no Rio, não foi encontrado.
Sobre essa denúncia na Paraíba, a reportagem tentou ouvir por telefone o atual advogado de Dumont, Arthur Fischer. Não foi atendida até a publicação deste texto.
Dumont atuou em mais de 15 novelas e séries da Globo e da extinta Manchete, além de participar de filmes e peças de teatro Seu papel mais recente na Globo foi como o coronel Eudoro Mendes em Nos Tempos do Imperador, novela veiculada em 2021. Após saber da investigação, a emissora informou na quinta-feira que excluiu o ator de Todas as Flores, que ainda vai estrear na plataforma de streaming Globoplay.

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