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Ingerência do STJ pode afastar as sombras do que resta do esquema criminoso de RC e mostrar quem são os “comandantes” das forças policiais

A intromissão do STJ na Operação Calvário, solicitada pelos investigadores, deve mudar e aprofundar o rumo das investigações, já que o Estado estaria completamente dominado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e lacunas como as apontadas pelo Jampanews devem ser preenchidas com as respostas que a sociedade tanto almeja conhecer.

Ricardo enfeixou poderes descomunais como político

A solicitação dos investigadores revela um quadro de gravidade plena já que fica explicito que as principais autoridades do estado paraibano podem estar submetidas a pressões e chantagens, o que explicaria a blindagem de certos setores reconhecidamente envolvidos com a atividade criminosa da Máfia implantada pelo ex-governador no organismo das instituições paraibanas.

É simplesmente inacreditável que certas denúncias não prosperem sequer sejam acatadas pelas autoridades administrativas, politicas e judiciárias desse estado apesar dos indícios gritantes da autoria dos crimes denunciados.

Por oito anos se praticou desmandos, os mais absurdos, sem que, os denunciantes vissem prosperar suas acusações mesmo que acompanhadas de provas irrefutáveis e cabais.

Essas armas toraram-se inatingíveis na PB

Fatos criminosos por demais constatados emperraram nas gavetas dos tribunais, os mais diversos; denúncias foram arquivadas sem qualquer pudor, inclusive aquelas promovidas por setores das instituições ainda imunes aos efeitos nocivos do esquema criminoso em vigor no Estado.

Nada movia a máquina da Justiça quando o alvo era o esquema politico chefiado por Ricardo Coutinho. Nunca, jamais alguém foi responsabilizado por desrespeitar as leis desde que fizesse parte da confraria criminosa.

Na Paraíba a ficção de Puzzo virou realidade

Do cidadão mais comum as autoridades institucionais, passando por jornalistas, todos, sem exceção, ficaram expostos ao poder avassalador do esquema comandado pelo Poderoso Chefão, reconstituindo-se no cotidiano do estado as páginas do célebre livro de Mário Puzzo, onde a sociedade descrita por ele sucumbiu ao poder devastador do crime organizado.

Saiu-se da ficção literária para a dura e cruel realidade da marginalidade brutal e grosseira cujo perfil emblemático seria a carantonha de Coriolano Coutinho cujos traços recordam aquelas figuras que designavam as aberrações de autores como Lombroso.

Ele sugere o perfil descrito por Lombroso

Esses setores sombrios ainda resistem intocáveis, apenas citados de leve pelos investigadores como “forças policiais”, mas que devem ser desvendados pelo STJ, que já começou agir no TCE, onde muito deles encontram guarida como sugerem os investigadores.

Seriam esses esteios sombrios a estrutura que deu força e agilidade ao crime organizado na Paraíba, invadindo privacidades, construindo dossiês, intimidando, desviando dinheiro, fazendo escolta, violando campanhas eleitorais, perseguindo e ameaçando assumindo, enfim, aquele papel de braço armado e executor atribuído aos capos mafiosos, provando que a realidade pode ser muito pior do que a ficção.

A alma do finado estaria pagando pecados dos outros

Dessa gang perigosíssima e bem articulada nas entranhas dos poderes nada teria escapado como pode se apreender de situações como a reproduzida pela Assembleia empenhada em livrar da cadeia uma das suas mais legitimas expressões, que vem ser a deputada Estelizabel Bezerra, cujo atrevimento e ousadia podem ser medidos pelo enfrentamento com a Justiça na audiência de custódia.

Outros poderes, como o Judiciário, não escapam das desconfianças dos investigadores, e envolveriam juízes e até desembargadores, e o próprio Governo Estadual suspeito ao ponto de ser alvo de buscas e apreensões na sede e na residência oficial e que também pode estar sujeitado ao domínio avassalador do ex-governador diante da relutância do atual gestor de espantar as sombras que anuviam o Estado.

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