SegurançaÚltimas notícias

Governo apresenta versão fantasiosa para os acontecimentos de sábado na Comunidade Paulo Afonso

A emenda saiu pior que o soneto e as declarações do comandante geral da Polícia Militar sobre os fatos estarrecedores, que alarmaram os moradores dos bairros de Jaguaribe e Rangel na madrugada de sábado passado, dadas para uma emissora de televisão da capital revelaram toda desfaçatez do Governo de João Azevedo em relação à segurança pública.

Euller cira versão fantasiosa e mostra que o Governo de João não tem compromisso com a verdade

Numa demonstração de total falta de compostura e de descompromisso com a verdade o comandante do Governo João Azevedo mostrando a continuidade do descaso com a pasta e de quanto se respaldou em falácias a gestão do PSB, afirmou ter havido confronto com as facções que baixaram o terror na madrugada do último sábado numa disputa violenta por território e numa exibição estarrecedora do seu poderio bélico, ostentando amas de última geração.

Sem o menor pudor e sem temer as consequências de sua irresponsabilidade e despreparo Euller Chaves, numa versão rocambolesca dos fatos apavorantes, que deixou de vigília a população de dois bairros da capital, enveredou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato para esclarecer aos telespectadores da afiliada da Rede Globo na capital os acontecimentos do sábado de terror.

Comandante faz de bobos, repórter e telespectadores com versão rocambolesca dos fatos de sábado passado

Fazendo de bobos a repórter e os telespectadores, o coronel conhecido pelas cavilações e pela vocação para a pirotécnica que o mantém no cargo há quase 10 anos improvisou um samba do crioulo doido para tentar explicar a inércia e a ausência das forças policiais no cenário de guerra urbana.

Com uma cara de pau de fazer inveja ao Pinóquio, Euller vomitou nas câmeras da Rede Globo uma versão que o arsenal da Polícia Militar é capaz de desmentir já que não há armamento no acervo da corporação que faça frente ao poderio bélico apresentado pelos traficantes em conflito nas favelas de Paulo Afonso e Cangote do Urubu.

A desfaçatez apresentada pelo comandante é o retrato do que se arquitetou nesses últimos de gestão socialista onde a realidade foi maquiada por versões que não se sustentam caso o distinto público se aprofunde nos fatos.

Para não nos alongarmos muito sobre a criminosa versão do comandante geral, ele, peça fundamental no Governo que terminou por se revelar uma quadrilha especializada em assaltar o erário – tão ou mais perigosa do que as que se enfrentaram neste último sábado -, vamos dar a palavra a um especialista no assunto, integrante da corporação, e oficial superior, que relatou e analisou para o Jampanews o ocorrido sábado passado:

Com a palavra o especialista em segurança pública:

“Na madrugada do sábado, bandidos trocaram tiros pela disputa de território no bairro de Jaguaribe, mais precisamente na comunidade Paulo Afonso. Foram filmados por populares disparos de armas de fogo automáticas com munições traçantes (tipo luzes que “cortam” a escuridão).

O comandante geral da PMPB, Cel Euller, em entrevista a uma TV do estado teve o acinte de dizer que estes tiros foram por parte da corporação que comanda.

Antes de tudo façamos uma abordagem técnica do que venha a ser munição traçante e arma automática:
A munição traçante serve para destacar o alvo inimigo em situações de baixa visibilidade.

É uma pequena quantidade de fósforo ou magnésio na base ou na ponta do projétil que se queima devido ao atrito com o ar ou ou com o calor proveniente da inflamação da carga propelente, deixando um rastro luminoso visível a olho nu na escuridão.

São encontradas mais comumente nos calibres 7,62 e 5,56.

Já a arma automática é aquela que usa a força do projétil para expelir e ejetar o cartucho e recarregar uma nova munição. Normalmente esses tipos de armas atiram enquanto o gatilho estiver puxado e tiver muniçao.
Algumas tipos,modelos e fabricantes de fuzis automáticos mais conhecidos são:

AK47 e 105/FAMAS/FN 2000/
HK G36/
IWI Tavor/TAR-21/
L85A2/
M16A4/
Steyr AUG/HKG3…e o antigo 7.62 M964 da Imbel. A PMPB não tem nenhuma destas armas em seu acervo.

Diferença entre carabina x fuzil:

A única diferença entre Carabina e fuzil é o tamanho do cano, uma carabina tem cano de até 48 centímetros ou 19 polegadas enquanto o fuzil, considerada uma arma de cano longo possui o cano superior a 48 centímetros ou 19 polegadas. Eis a diferença entre carabina e fuzil. Onde a PM da Paraíba tanto tem fuzil quanto carabina.

Porém…ambos semiautomáticas. E sendo assim não dão rajadas, como as vistas nas filmagens das redes sociais do evento de Jaguaribe.

A PM da Paraíba tem ou utiliza fuzis automáticos? Não. e vejamos quais os modelos que tem.

Há cerca de duas décadas recebeu alguns fuzis IMBEL 5,56 MD97. Uma arma portátil, de uso individual, semiautomática, que foi adotada pela Força Nacional de Segurança Pública e por varias Policias Militares. E no mais tem carabinas (semelhante ao fuzil) que são semiautomaticas. E tem também a Ca 5,56 IA2 que não atira em rajadas e sim tiro a tiro. Portanto, não é arma automática.

Pois bem, o alcance de um tiro de carabina ou fuzil é, em média, de 450 a 600m, com velicidade de 850 a 920 m/s, a depender da munição, e a cadência de tiro de 650 tpm, caso de armas automáticas.

O que justificaria um operador de segurança pública, policial militar, formado para defender a sociedade, efetuar disparos de fuzil ou carabina e com munições traçantes em plena comunidade Paulo Afonso, no bairro de Jaguaribe, área urbana da capital? Que justificativa técnica plausível a tropa especializada teria para efetuar disparos em área urbana com fuzis ou carabinas semiautomáticas, com tiros que podem facilmente alcançar 500m de distância e com velocidade superior a 900m/s no calibre 5,56 (o mesmo do AR15…) que facilmente ultrapassariam paredes das residências e folhagens das matas que cercam os bairros do Rangel e Jaguaribe?

Qual a intenção de um operador de segurança pública que atira pra cima, com armas longas e munições traçantes, uma vez que o comandante geral da PMPB disse que os tais disparos foram da sua tropa?

O que justificaria rajadas de munições traçantes nos céus de Jaguaribe e Rangel, Sr Comandante, onde o evento crítico era no terreno?

Portanto, os disparos de armas automáticas e munições traçantes foram sim dos bandidos das facções, que disputavam o território da comunidade Paulo Afonso entre si. E não da PM que, no momento de tais disparos, sequer havia chegado ao local.

Ademais, além de não dispor de armas automáticas e munições traçantes, os operadores da PMPB jamais efetuariam de maneira irresponsável e negligente, disparos de fuzis a céu aberto e sem direção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *