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Genival vai ficar na lembrança por ter imposto a primeira grande derrota a RC quando garantiu a presidência da AL para Adriano Galdino

Muito mais que um deputado a morte de Genival Matias significa a perda do mais habilidoso articulador de bastidores que a Assembleia tinha. Um negociador astuto e pouco atento aos pudores que inibem certas figuras do mundo político tolhidas pelas aparências, e que costumam hesitar diante de obstáculos que só a audácia pode ultrapassar.

Genival Matias era o estrategista oficial da AL

Uma das rasteiras mais audazes do pequeno representante de Juazeirinho foi arrebatar de Ricardo Coutinho a presidência da Assembleia antecipadamente destinada para Hervázio Bezerra e que sua capacidade de articulador desviou no meio do caminho numa manobra política que lembra muito aquela que também retirou das mãos de Nadja Palitó a presidência da casa de Napoleão Laureano.

Matias era o homem das urgências e emergências dos deputados e a todos atendia nas necessidades mais prementes, inclusive ao próprio presidente da Casa, para quem garantiu os quatro anos de domínio absoluto, amputando os projetos de hegemonia plena de Ricardo, que pretendia instalar no Parlamento outro preposto, para continuar reinando no Estado.

Genival garantiu a eleição de Adriano para a Presidência

Talvez, essa manobra política de extremada habilidade de Genivalzinho, como era carinhosamente chamado, tenha sido sua maior contribuição ao Estado por impedir que as pretensões de domínio absoluto de um homem, que hoje caminha portando tornozeleiras, não se tenham concretizado.

Genival vai para o túmulo reconhecido por esse serviço inestimável prestado ao povo paraibano de ter construído trincheiras para conter o avanço avassalador de uma organização cujo apetite por dinheiro público revelou-se pantagruélico

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