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Fortaleza se torna a terceira capital brasileira a registrar mais de mil mortos

O maior cemitério público de Fortaleza reservou uma grande área para a abertura de novas covas esta semana, e que já estão sendo usadas. Reflexo da quantidade de vítimas da Covid-19. “Internaram ele, o médico fez o exame, aí ficou constatado que ele estava com a Covid. E hoje tá fazendo 9 dias e meu pai não resistiu”, conta a cozinheira Antônia Maria Pereira da Silva.

Fortaleza se tornou, nesta quarta-feira (13), a terceira capital a passar dos mil mortos.

De 27 hospitais públicos e particulares de Fortaleza, 18 estão com todos os leitos de UTI para pacientes de Covid ocupados. Um deles, que só atende casos da doença, é um dos poucos que ainda têm vaga. E, enquanto as unidades de terapia estão no limite, as famílias de pacientes em estado grave sofrem a agonia da espera por um leito.

O Diego está internado numa UPA desde quinta-feira (7). Foi entubado e, desde então, espera por uma UTI. “Ele é diabético, tem 29 anos, está apresentando falência dos rins. Então eu peço encarecidamente a quem possa me ajudar. A gente tem três filhos que dependem dele”, diz Nayane Chaves, mulher do Diego.

O governo do Ceará inaugurou nesta quarta mais um hospital de campanha, o quarto da rede estadual, com 36 leitos de enfermaria.

“Todos os hospitais do estado e do município de Fortaleza, onde é o epicentro da pandemia, estão muito sobrecarregados. Estão usando leito extra”, explica Carlos Roberto Rodrigues Sobrinho, da Secretaria de Saúde do Ceará.

No sexto dia de lockdown, a circulação de carros diminui 55%, mas, na periferia, ainda é possível encontrar aglomerações em feiras livres.

A prefeitura de Fortaleza afirmou que fiscais vão às ruas todos os dias para acabar com as feiras. Sobre o paciente que precisa de UTI, declarou que as transferências dependem do quadro clínico de cada um.

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