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Especial: Esquadrão Antibombas da PB recebe até 50 chamados por ano

Na tarde da última quarta-feira (3), o Esquadrão Antibombas do Grupamento de Ações Táticas Especiais foi acionado para atender a um chamado por suspeita de bomba às margens da BR-230 em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, logo após pessoas não identificadas soltarem artefatos explosivos pela janela de um veículo em movimento. A ação garantiu que o material fosse detonado sem causar maiores danos. (via Jornal A União)

Em funcionamento desde 1996, o Esquadrão Antibombas nasceu junto com a criação do próprio Gate – Grupamento de Ações Táticas Especiais. De acordo com o capitão Frazão, comandante do Esquadrão Antibombas, o treinamento para lidar com bombas e explosivos é constante. “Além das capacitações com o próprio efetivo do Esquadrão, também são realizados treinamentos com outras unidades, por onde já instruímos mais mil policiais militares”.

Apesar de não ser um estado com ocorrências envolvendo bombas e explosivos, a Paraíba passou por um período em que explosões de caixas eletrônicos e agências bancárias eram constantemente noticiados. Dois casos específicos são lembrados pelo capitão Frazão. “Em 2009, uma gerente de banco e a sua família foram sequestradas e um simulacro de um colete-bomba foi colocado na funcionária. E em 2011, foi a vez um motorista de carro forte, dessa vez com um cinto bomba”.

Em ambos os casos, os artefatos não continham explosivos, mas só o trabalho e a perícia do Esquadrão puderam garantir a segurança dos envolvidos. Ainda de acordo com o comandante, o Esquadrão atende cerca de 50 ocorrências por ano, que incluem as ameaças recebidas por denúncias e varreduras em locais atingidos por explosões, como é o caso dos bancos. “Quando acontece uma ocorrência desse tipo, a equipe precisa averiguar se não há vestígios e explosivos que não foram detonados, e esse trabalho é feito pelo Esquadrão Antibombas”.

Treinamento constante

Além do estresse e da carga de perigo que envolve a atividade, o Esquadrão precisa agir com o total isolamento da área e com os curiosos – o que faz com mais pessoas se coloquem em risco. Mas um ponto merece destaque. “A evolução dos criminosos especialmente no que se refere à tecnologia empregada ao acionamento dos artefatos.  Por isso é tão importante o constante treinamento e aperfeiçoamento das técnicas”.

Em dezembro de 2022, a Polícia Militar da Paraíba ofereceu o 1º Curso Técnico Explosivista da instituição. A atividade, que capacitou 16 policiais da PMPB e da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, contou com 305 horas-aulas em 14 disciplinas, capacitando os operadores da segurança pública para operarem em atividades contra e antibomba. Durante o encerramento, os militares simularam ocorrência com explosivos e demonstraram diversas técnicas aprendidas durante o curso. Também foi exibido o traje antifragmentação, proteção do profissional antibomba, e que pesa cerca de 40 quilos.

O Esquadrão Antibombas do Grupamento de Ações Táticas Especiais ainda conta com equipamentos de Raio X, detector de metais, bloqueador de sinais, kit cordas e ganchos, além de uma van equipada com sistema de refrigeração e tecnologia para atuar como gabinete de gerenciamento de crises.

Texto de Taty Valéria para A União

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