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Enquanto no PR contraventor é mantido preso, na PB arrotam insolência e se gabam de amizades poderosas

O jogo do bicho é do ponto de vista legal uma atividade criminosa, tipificada como contravenção pelo Código Penal. Tão criminosa que, em outras unidades da federação, bicheiros são presos e mantidos presos por decisão das instâncias superiores da Justiça.

No Paraná, para provar que jogo do bicho é atividade criminosa, o Gaeco prendeu o presidente da Câmara de Araponga, Oswaldo Aves dos Santos, o Oswaldinho Bicheiro, 68, acusado de promover e difundir o Jogo do Bicho, além de suspeito de lavagem de dinheiro, o que teria ficado evidenciado pelas investigações e pela quantidade de documentos contábeis apreendidos, apontando para a diversificação financeira do acusado, onde empresas de fachadas disfarçariam o dinheiro da jogatina.

No Paraná, Oswaldinho está preso

Bom, se é crime, no Paraná os delinquentes vão para prisão e nem toda influência política que detenham nem mesmo a fortuna que ostentam garantem que permaneçam soltos, debochando e afrontando de tudo e de todos.

No Paraná, a Lei se faz cumprir e esses cidadãos que posam de homens de bem são levados às grades para que fique claro a distinção que existe entre eles e as pessoas honradas – e o joio não se misture ao trigo como acontece na Paraíba, onde contraventores arrotam importância e ousam influir na sociedade opinando, direcionando e, mais grave ainda: ditando ordens e acenando com projetos políticos, apoiados naqueles segmentos já contaminados pela corrupção.

Bayeux é um exemplo dessa promiscuidade que o Jogo do bicho construiu onde reputados contraventores desfilam insolentemente por todos os recantos do município numa reprodução grotesca dos mafiosos sicilianos sem que as autoridades se pronunciem confirmando o que eles tanto alardeiam em termos de aproximação e intimidade com mandatos e altas patentes, que lhes garantiria a impunidade debochada.

Na Paraíba, Zezito bota banca

Zezito da Banca é uma reprodução do Oswaldinho do Paraná na Paraíba com uma única diferença: um está preso por determinação do STJ, e o outro solto arrotando importância e ameaças a quem se atravessar no seu caminho protegido e garantido pela complacência das autoridades.

No Paraná é assim

O Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado cumpriu nesta sexta, 18 de dezembro, dois mandados de prisão preventiva em Arapongas. Foram presos o presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Alves dos Santos, o Osvaldinho Bicheiro, 68, e um contador, investigados por lavagem de dinheiro de origem ilegal. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Arapongas.

As investigações tiveram início a partir da análise de termos circunstanciados firmados na Polícia Civil em que se apurou a existência de 257 pontos de jogo de bicho na cidade. Do total arrecadado nos pontos de jogos, 80% seria destinado ao vereador. Segundo a apuração, parte da lavagem do dinheiro era feita por meio da simulação de venda de sementes de capim para empresas de fachada do ramo agropastoril, criadas pelo contador investigado em nome de “laranjas”. O valor total dessas transações chegaria a R$ 3.077,467,14. As prisões foram decretadas pois verificou-se que os investigados continuavam a praticar as condutas criminosas no curso das apurações.

Apreensões – Em etapas anteriores das investigações, a partir de medidas cautelares deferidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Arapongas, a pedido do Gaeco, foram apreendidos, em 18 de setembro deste ano, diversos objetos vinculados à conduta criminosa (máquinas, bobinas de cartões, talões, planilhas, extratos bancários) e mais de R$ 500 mil em espécie na residência do investigado.

Na continuidade do processo, foram realizadas em novembro novas buscas, que culminaram na apreensão de documentos na residência e no escritório do contador, material que revelou uma ampla rede de empresas de fachada para fins ilícitos, inclusive com utilização de documentos falsos. Além da quantia em dinheiro, foram apreendidos valores em contas-correntes de titularidade dos investigados, dois imóveis localizados no município de Balneário Camboriú (SC) e três veículos de luxo. (MP-PR)

Fonte: O Estadão

Bem que as autoridades daqui podiam imitar as do Paraná. A sociedade com certeza agradeceria.

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