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Encurralados pelas forças que ajudaram instalar no Poder, ministros do STF apelam para a consciência democrática do povo brasileiro

Costuma-se dizer que, quem planta vento colhe tempestade, o que parece estar acontecendo com o STF depois das agressões sofridas pelos ministros, desferidas por partidários de Jair Bolsonaro, indignados com a postura de aparente altivez e independência da suprema corte.

Eles avalizaram o golpe contra Dilma

Em pronunciamento durante sessão remota o ministro Alexandre de Morais, um dos principais alvos da fúria assassina dos bolsonaristas, pinçou algumas declarações, ofensivas e incentivadoras de violência contra familiares dos ministros, onde se propõem estupros e outras violências sexuais.

O ministro diz haver diferença entre críticas – admissíveis e permitidas, por mais ácidas – e incitação à violência como fica demonstrado nas frases pinçadas por Morais em declarações divulgadas nas redes sociais.

É visível o desconforto do ministro e até o temor diante da virulência das declarações.

Mas, elas relembram um passado de cumplicidade entre os agressores de hoje e o STF de ontem, quando e onde esse se submeteu e se aliou as forças que promoveram o golpe.

Ministro condena violência verbal dos simpatizantes de Bolsonaro

Aquelas que derrubaram um Governo legitimamente eleito, amparando-se nas manobras sórdidas de supostos justiceiros togados, em cumplicidade com as elites dominantes, forjando um cenário que emprestou suspeitíssima legalidade ao atentado praticado contra a Constituição e a Democracia.

Naquele momento, o STF declinou da condição de Poder Moderador e atrelou-se à aventura que resultou nessa tragédia, investindo no Poder o poder das milícias cariocas.

E, agora, ao ver arreganhadas as presas dessas feras, choraminga atrás de apoio e legitimidade, depois de chafurdar nos pântanos da corrupção, absoluta e plenamente empossada no Governo por manobras jurídicas, que ofereceram ao eleitor o que havia de pior no cardápio das urnas.

O STF agora apela à consciência de quem ultrajou com sua cumplicidade e parcialidade criminosas, para obter apoio e proteção contra a aberração política que ajudou parir.

Ameaçado pela arrogância e insolência desses estupradores da democracia, os ministros enxergam, nas declarações, a violência que ajudou a instalar no Poder, e que agora não conseguem conter tolhidos pelo medo e pela covardia, sem coragem para julgar e punir.

Quem planta vento sempre colhe tempestade.

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