Nacional

Em audiências, presos reclamam de falta de wi-fi, de água gelada e da comida 

‘É assim que prisão funciona’, respondeu juiz a vândalo que disse estar preso ‘contra a sua vontade’

Juízes destacados para conduzir as audiências de custódia dos vândalos envolvidos na invasão de prédios públicos no dia 8 e dos acampados na frente do quartel-general do Exército relatam que os presos têm reclamado da falta de conforto de suas celas e feito pedidos inusitados.

Um deles reclamou que, desde que havia sido detido, não tinha tido as condições necessárias para limpar suas lentes de contato. O magistrado autorizou que o advogado levasse o produto adequado para a higienização.

São comuns reclamações de manifestantes que entraram nos ônibus que os levaram ao presídio sem saberem aonde estavam indo. Um deles se queixou de ter sido preso contra a sua vontade. “Não sei se o senhor sabe, mas é assim que a prisão funciona”, respondeu o juiz responsável pela audiência.

Outros exigem ainda mais espaço em suas celas. Um dos presos disse estar em um espaço com dez pessoas, sendo que só cabem oito. O juiz contestou que nas carcerárias são comuns 32 presos onde cabem oito.

Pela quantidade de presos, advogados têm ficado de prontidão para conseguir clientes. Em média, oferecem uma audiência por R$ 1.000.

O mutirão se iniciou na quarta-feira (11). O trabalho será encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que pode manter as prisões, soltá-los ou, ainda, declinar a competência, caso a caso.

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