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Efraim evitar falar em federação de partidos, que poderá não prosperar; entenda

O senador paraibano Efraim Morais (União Brasil) disse ao Jampa News que a federação unindo seu partido, o Avante e o Republicanos ainda não está em fase conclusiva. Ao ser questionado se ele iria comandar a federação na Paraíba, conforme especulações, ele foi evasivo: “Ainda estamos na fase da definição nacional, se realmente haverá a federação. Bem encaminhada, mas ainda temos algumas pendências a resolver”.

Avançando nesse sentido, ele disse que partirá para definir as questões estaduais. “Sentaremos eu, Damião, Aguinaldo e Mersinho Lucena, entre outros. Naturalmente, como líder da bancada no Senado Federal, isso nos dá uma missão de protagonismo tanto no cenário nacional quanto estadual. Com bom diálogo, iremos buscar uma harmonia na convivência aqui no Estado da Paraíba”, adiantou.

Vai prosperar?

Na verdade, há especulações no sentido de que não deve prosperar a fusão do União Brasil com o Avante e o PP. Se formada, as três legendas estariam criando, na prática, a maior federação partidária no Congresso, com algo em torno de 115 deputados. O nó está no seu controle. Principal liderança do PP, o ex-ministro Ciro Nogueira (PP), senador pelo Piauí, não abre mão do comando da federação, segundo noticia a grande imprensa. As notícias estão sendo replicadas por alguns portais nos estados.

A dissidência no União Brasil é formada por deputados que vieram do DEM para viabilizar a fusão com o PSL de Bivar, formando o União Brasil. O núcleo de maior resistência, inclusive à fusão, é liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e pelo ex-ministro da Educação, deputado Mendonça Filho.

Segundo lembra a Folha de Pernambuco, o DEM/PFL se manteve na oposição durante todos os governos petistas. Parlamentares e líderes do antigo partido reclamam que Bivar se uniu ao senador Davi Alcolumbre (AP) para negociar os cargos com Lula à revelia da bancada. Eles pressionam o secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, que está em viagem ao exterior, a retornar e assumir uma postura combativa contra o que chamam de “adesismo” da legenda.

Segundo o ex-senador José Agripino, vice-presidente nacional do União Brasil, Bivar negociou com o Palácio do Planalto sem a aprovação de ACM Neto, que submergiu após ser derrotado na disputa pelo governo baiano. A participação do União Brasil no governo Lula, por sua vez, desencadeou uma crise interna que ameaça interditar na prática o apoio da bancada à agenda parlamentar do Executivo.

A indicação dos ministros gerou divergência em parte da cúpula da legenda. São filiados ao partido os ministros das Comunicações, Juscelino Filho (MA), do Turismo, Daniela Carneiro, mais conhecida como Daniela do Waguinho (RJ), e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Este último, apesar de não ser filiado ao União, foi indicado por um dos principais líderes da sigla, o senador Davi Alcolumbre (UB-AP). Os três são ou já foram alvo de investigações por irregularidades.

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