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Despreparo de uma polícia estagnada promove cerco a única ONG no Brasil autorizada cultivar maconha para fins medicinais

Ontem a Inteligência da Policia Militar cometeu uma gafe grosseira e monumental contra uma ONG de projeção nacional que cultiva a maconha para fins medicinais.

Depois de montarem uma operação circense, digna dos melhores episódios do seriado americano Loucademia de Polícia, onde até aeronaves foram requisitadas para combater os supostos traficantes, os impetuosos e desastrados subordinados do coronel Euller, empenhados na operação “me segura se não caio”, cercaram as dependências da ONG para prender e arrebentar o tráfico na Paraíba.

Todo policiamento ostensivo foi mobilizado para combater os “traficantes” localizados em uma residência no Bairro dos Ipês, e dessa vez a tropa aguerrida tinha absoluta certeza que marcaria um tento na luta parta manter no cargo o comandante supremo há quase uma década manipulando esses trapalhões que já chegaram confundir pó de giz com cocaína numa apreensão feita em Valentina Figueiredo.

O serviço de inteligência teria farejado e identificado na casa suspeita uma movimentação estranha e terminou por obter informações preciosas de que, ali se cultivava maconha em grandes quantidades.

Diante desta confirmação, nada mais para esperar nenhuma relutância e o aparato policial foi acionado, inclusive com a ajuda de aeronave para facilitar a localização da referida boca de fumo.

Algo para impressionar e para fazer crescer o prestígio de quem se encontra em declínio e soterrado por denúncias. E como a pressa é inimiga da perfeição eis que uma decisão judicial incomum desmancha toda operação e o ardor profissional da tropa de elite do coronel Euller, comandada e acionada pelo setor de inteligência se esvai em amarga decepção ao constatar que a casa abrigava uma das ONGs mais acreditadas e festejadas do país, e a única a obter da Justiça autorização para plantar e produzir medicação a base do canabidiol.

Trapalhada

De acordo com a assessoria de imprensa da Abrace Esperança, a plantação medicinal, que fica no bairro dos Ipês, Zona Norte da Capital, foi confundida com um laboratório ilegal de cultivo de maconha.

Durante a operação, a Polícia Militar chegou a acionar um helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social para dar apoio aos policiais na suposta ocorrência.

Não faltou nada a pirotecnia do comandante nem mesmo o Acauã

Ainda conforme a Abrace Esperança, os policiais chegaram a entrar na sede da Associação e tentaram deter um funcionário, que só não foi preso após se identificar e apresentar a documentação que comprovava a autorização judicial para plantio e manuseio da maconha, além da produção de medicamentos e fornecimento deles pela associação.

Após notarem que a operação havia sido um engano, os policiais liberaram o funcionário e deixaram o local.

Repercussão

A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança ( Abrace) é uma ONG que conseguiu a rara e única autorização da Justiça brasileira para cultivar a maconha com fins medicinais, o que era ignorado pela inteligência da Polícia Militar cujo coordenador só se mostra capaz de comandar espiões de meia-tigela empregados para bisbilhotar a vida de autoridades e também de civis que nada devem a Justiça.

Esse é o gênio militar que comanda a inteligência da PM do coronel Euler: Tibério

A Operação de ontem ganhou repercussão nacional pelo desastre e pela enorme comprovação da falta de planejamento e acima de tudo de inteligência de uma Polícia que desconhece entidades autorizadas judicialmente para trabalhar com drogas para fins medicinais, e que se move única e exclusivamente pelo desejo de publicidade e de adulação.

Um desastre e uma palhaçada que comprova a urgente necessidade de se repensar essa polícia estagnada e a serviço inteiramente de projetos pessoais, recorrendo a tudo o que significa abusos e exceções como ficou demonstrado nessa operação, onde o desconhecimento e o açodamento para mostra serviço causou esse transtorno monumental constrangendo quem se dedica a socorrer e amparar quem necessita de cuidados especializados como os promovidos e ofertados pela Abrace.

Já é hora de fechar essa Loucademia de Polícia.

O que faz a Abrace

Muros altos, cerca elétrica e um portão moderno que só é aberto com autorização dada pelo interfone. A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), sediada em João Pessoa, honra a autorização judicial do cultivo da maconha para uso medicinal com a máxima seriedade. Neste sábado (27), a Abrace completa dois anos da decisão judicial provisória que permite plantar maconha.

Maconha para fins medicinais foi confundida com tráfico pela PM do coronel Euler

Funcionários fardados, rotina de trabalho e visitas de famílias de pacientes para saber melhor sobre a produção movimentam a Organização Não-Governamental que desde 2017 cultiva e produz medicamentos a base de maconha no bairro dos Ipês, na Zona Norte de João Pessoa. Muitas decisões semelhantes foram concedidas a famílias e pais de crianças que precisam do canabidiol, mas apenas uma delas contemplou uma pessoa jurídica no Brasil, justamente a Abrace.

Pois bem, essa entidade tão meritória foi confundida com uma boca de fumo na Paraíba pela Polícia do coronel Euller.

 

Redação/com informações do Portal Correio

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