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Contratações de seguro de vida aumentaram na PB após surgir a Covid-19

As contratações de seguros de vida na Paraíba cresceram 28,2%, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, conforme dados do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne). Em âmbito nacional, o crescimento registrado foi de 16,4%. Quanto aos valores das indenizações pagas, no período, as seguradoras desembolsaram R$ 18,8 milhões, na Paraíba, e R$ 5,6 bilhões, no país.

Segundo o gerente comercial de uma seguradora instalada em João Pessoa, Leandro Ramos, o crescimento desta modalidade de seguros vem ocorrendo com mais expressão desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020. “Acredito que o medo gerado na população com a pandemia foi o fator determinante para o aumento da demanda”.  (via jornal A União*)

Para a superintendente comercial de outra seguradora, Sandra Dias, os resultados são consequência de uma maior educação financeira e sensibilização das pessoas em relação ao tema. “Os últimos anos tornaram os brasileiros mais conscientes e preocupados com a proteção de si e de suas famílias. Muitos perceberam a importância de se preparar para possíveis imprevistos e momentos de crise”.

Além da indenização recebida pelos beneficiários com a morte do segurado, as companhias garantem ao contratante a utilização de produtos em vida, como assistência em saúde e previdenciária, aponta Leandro Ramos. “Há coberturas para consultas por telemedicina, exames, atendimento nutricional, além de cobertura para invalidez por doença ou acidente, e por morte”, explica. No caso da empresa onde trabalha, a teleconsulta é com médicos do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O gerente comercial afirma que é importante ocorrer uma mudança cultural na sociedade quanto ao entendimento do seguro de vida. “Acredito que o termo seguro de proteção financeira familiar é mais adequado porque transmite melhor a ideia dos serviços ofertados”.

 

Proteção da família

Com o nascimento do filho, que hoje está com três anos, a advogada Renata Pordeus contratou um seguro de vida que desse segurança para seu bebê e o esposo, em caso de falecimento. “O seguro foi muito útil na época restritiva da pandemia porque eu puder fazer consulta de telemedicina sem precisar me expor em um serviço de saúde”, conta.

A advogada destaca que, antes de casar, não pensava no assunto. Mas quando se tornou mãe, o tema veio à tona. “Quanto temos um filho, queremos protegê-lo. Como eu e meu marido somos profissionais liberais, a ideia é proporcionar essa segurança financeira caso um de nós não esteja mais aqui”.

Valores aumentaram após pandemia

As indenizações pagas com as mortes de segurados durante a pandemia de Covid-19 encareceram as contratações do seguro de vida. “Os preços subiram por conta do pagamento dos sinistros. Inicialmente, a Covid-19 não constava como cobertura das companhias. Mas muitas flexibilizaram para incluir o coronavírus. Outras exigiam um prazo de carência para incluir a doença como requisito para indenização”, comenta Leandro Ramos.

Ele explica que o cálculo para o valor do prêmio (valor pago pelo cliente na contratação do seguro) depende do valor pretendido na indenização e considera variáveis como idade do segurado, profissão e estado de saúde, entre outras. “Para definir o critério de aceitação, o interessado entrega uma declaração pessoal de saúde ou passa por uma tele-entrevista. Algumas coberturas são extintas com a idade. No caso das pessoas com mais de 65 anos, não há cobertura de doenças”.

Ele explica que, inicialmente, o cliente vai definir o valor da indenização em caso de morte, considerando uma quantia adequada para sua família prosseguir a vida em sua ausência. O interessado ainda pode incluir indenização diária por incapacidade temporária, importante para profissionais liberais, em caso de acidente.

Pagamento

O pagamento pode ser feito à vista ou em 12 parcelas, na seguradora onde Leandro Ramos trabalha. A vigência do contrato é anual, com renovação automática por até cinco anos. Depois do período, a companhia avalia os critérios do segurado. A cada ano, deve ser realizado um novo pagamento.

Segundo o gerente comercial, há coberturas para todos os bolsos. “Com um valor mensal de R$ 6, é possível contratar um seguro com indenização de R$ 50 mil. Há casos de contratos de indenização de R$ 3 milhões, na seguradora onde trabalho. Mas outras companhias oferecem valores maiores”, comenta Leandro Ramos.

Matéria republicada do jornal A União e assinada por Thadeu Rodrigues

Foto: Rodnae Productions/Pexels

 

 

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