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Bolsa desempenho continua separando Governo e entidades; decreto é visto como tentativa de burlar a Justiça e o governador

Nada mais desastrado do que a tentativa de regulamentar a Bolsa Desempenho dos militares. O decreto, na opinião de juristas, foi um desastre completo, uma exibição de incapacidade e, antes de tudo, de desonestidade para com o governador muito mais do que para com a corporação, por tudo o que está inserido nele.

Uma comprovação de que, as áreas umbilicalmente ligadas ao Ricardo Coutinho ainda agem com total desenvoltura no interior da gestão de João Azevedo.

Esse monstrengo cujas irregularidades gritantes foram antecipadamente assinaladas pela assessoria técnica do Tribunal de Contas, persiste no decreto, e confirma que os vícios de origem não foram sanados, apenas escamoteados no texto para driblar a boa-fé do governador.

Algo semelhante a medida Provisória, que ficou conhecida como a MP da Bengala e que voltou agora embutida no decreto alcançando, enfim, seus objetivo que é o de entupir os canais de renovação da corporação, mantendo na ativa apaniguados dos escalões superiores da Policia Militar.

Uma manobra solerte que desrespeita o governador e sobretudo a Justiça e tenta na base da esperteza e da cavilação perpetuar os erros e privilégios de uma manobra anterior onde outro governador foi induzido acatar uma política de privilégios, que sacrifica e descrimina quem vai para a reserva.

Como todos têm que ir para reserva, agora os autores e mentores dessa tragédia responsável pela desconstrução da corporação, impedida de evoluir, sobrevivendo de velhas mentalidades, acostumadas a bajulação e ao servilismo, não hesitaram dar um golpe, por decreto, e perpetuar essa aberração, induzindo o atual governador repetir o erro da MP da bengala desta vez insultando a altivez da Justiça, abismada diante de tantas manobras, desrespeitosas, para com todas as instâncias do Judiciário, incluída a Suprema Corte.

De tão absurdo e grotesco o decreto, as associações representativas dos militares sequer vão repelir nos tribunais a tentativa de desmoralização, manobra tão espúria que só a mente doentia de um psicopata poderia conceber sem se importar que os objetivos pretendidos, aviltam a dignidade do Governo e da Justiça.

O Decreto não só ofende e prejudica os inativos como também os da ativa envolvidos num punhado de incongruências que não estabele os critérios para a avaliação e implantação dos valores a serem pagos principalmente quando se trata de quem entra de férias, de licença ou situações semelhantes num emaranhado de indefinições que coloca em suspeição a racionalidade dos autores, divididos na categoria de estúpidos ou cretinos.

De óbvio apenas a intenção de estabelecer discriminações e de deixar ao critério de superiores o valor a ser pago criando uma relação de subordinação que cheira a chantagem e exploração porque para uns, a pontuação pode ser mínima e ganhar o máximo e para outros ganhar o mínimo trabalhando o máximo.

Enfim, a emenda saiu pior do que o soneto, e o decreto do governador regulamentando a Bolsa Desempenho transformou-se num samba do crioulo doido, como consequência da empáfia dos sacripantas de farda.

Para o advogado dos militares, o decreto assumiu ares de burla, provocação, desprezo e acima de tudo de desrespeito ao Poder Judiciário pela clara tentativa de pretender extinguir decisões judiciais

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