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Balneabilidade: Qualidade das praias da PB é destaque nacional

A Paraíba é destaque em relação à balneabilidades das praias, ficando entre os quatro estados do Nordeste em que a maioria das praias são próprias para banho. A informação foi publicada pelo site da Folha, na última quinta-feira (22), que divulgou avaliação anual realizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os testes avaliaram as praias como boas, regulares, ruins ou péssimas. No Nordeste, os estados que se destacaram pela balneabilidade foram Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba, sendo os menos populosos da região.

De acordo com o Cetesb, foram analisados 61 pontos na Paraíba. Desses, foram constatados 40 em estado próprio para banho, 12 foram considerados regulares, dois ruins e dez péssimos. A pesquisa foi realizada durante um ano, correspondendo ao período de 1º de novembro de 2021 a 31 de outubro de 2022. O destaque ficou para o Litoral Norte do estado com Mataraca, Baía da Traição, Rio Tinto e Lucena que mantiveram as praias em boas condições para banho o ano todo.

No estado, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) é o órgão responsável pelo monitoramento da balneabilidade das praias, realizando testes de monitoramento semanalmente para garantir informação segura à população. De acordo com Marcelo Cavalcanti, superintendente da Sudema, “a Paraíba tem essa característica de ter praias com boa balneabilidade, com praias limpas, principalmente no verão, quando o fluxo de água dos rios diminui a vazão nos mares, deixando a água do mar mais clara e atrativa. Isso é um convite não só para os paraibanos, mas para os turistas que vêm aqui e se encantam com as nossas praias”, ressaltou.

No último relatório publicado pela Sudema, em site oficial, apenas seis pontos foram considerados impróprios para banho. Geralmente, os trechos estão localizados na orla marítima de João Pessoa, sendo predominante entre os bairros de Manaíra e Cabo Branco. As praias da Paraíba que passaram pela análise estão localizadas em Mataraca, Baía da Traição, Rio Tinto, Lucena, Cabedelo, João Pessoa, Conde e Pitimbú.

Em Manaíra, o trecho impróprio fica em frente a quadra do bairro; em Cabo Branco, existem dois pontos impróprios, sendo um deles em frente a rotatória e outro no Farol do Cabo Branco, em frente a galeria das águas pluviais. Já no Seixas, o ponto detectado fica em frente a desembocadura do Rio Cuiá, em Arraial. Por fim, em Pitimbu, também há trecho impróprio, situado em frente a desembocadura do riacho Engenho Velho. As informações são referentes ao período de amostragem de 19 a 22 de dezembro deste ano.

Ainda com relação aos trechos impróprios, o superintendente explicou que não se trata da praia toda, mas de trechos específicos onde foram detectados indicadores de bactérias, os coliformes fecais. Essas bactérias estão presentes no intestino humano e representam risco à saúde. O banhista que tiver contato com essas áreas pode desenvolver doenças de pele, problemas intestinais, hepatite, febre, entre outros.

De acordo com João Carlos de Miranda, coordenador de Medições Ambientais da Sudema, o monitoramento é um processo científico e legal. Existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que estabelece os parâmetros de balneabilidade. Essa mensuração é feita em cima da carga de bactérias indicadoras, que são os coliformes fecais ou termotolerantes.

Ele explicou que os testes são baseados em cinco semanas, o que define se o trecho da praia avaliado está próprio ou não para banho. “Se em duas dessas cinco semanas for encontrado um resultado acima de 1.000 ufc (unidades formadoras de colônia), quer dizer que existe um indicador da bactéria”, observou. Além disso, ressaltou que este é um trabalho contínuo, realizado de janeiro a janeiro, mas o resultado é baseado nesse período estabelecido em lei.

Para isso, existe uma equipe multidisciplinar da Sudema que vai a campo realizar a amostragem desses pontos. A equipe é formada por técnicos, biólogos, químicos e engenheiros. São eles que fazem a coleta do material que é preservado e destinado ao laboratório da Sudema, onde é realizado o teste microbiológico.

O coordenador de medições ambientais afirmou que “o nosso litoral possui 128km, em comparação a essa extensão, a Paraíba possui poucos pontos impróprios para o banho de mar, mas o nosso trabalho continua, em prol de uma alta balneabilidade para que todos possam aproveitar com tranquilidade o mar neste verão”.

A Sudema monitora 64 praias, as mais extensas possuem mais locais de amostragem que podem ser uma fonte de poluição, como uma galeria pluvial, uma desembocadura de rio, um Maceió que são condutores para que o esgoto sanitário ou qualquer outro tipo de resíduo aporte no mar.

Além do mais, o cidadão comum pode contribuir nesse sentido com a preservação da balneabilidade. Isso é possível não fazendo ligações clandestinas em galerias pluviais, se sua localidade não dispõe de rede de esgoto, deve providenciar uma solução individualizada como a fossa, recolher os resíduos e fazer a destinação de forma correta, são medidas que estão ao alcance, explicou o técnico.

Fonte: Jornal A União

Foto: Blog de Viagens

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