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Assustado com o desempenho de João, Ricardo reage usando os mesmos métodos que usou para expulsar Agra do PSB; socialista destila inveja e mesquinhez

Continua intensa a troca de farpas entre o ex-governador Ricardo
Coutinho e o atual gestor paraibano, João Azevedo, ambos PSB, por
enquanto. Para quem assiste essa luta intestina dos socialistas
percebe que a agilidade de João vem ganhando para a truculência
de Ricardo forçado a sucessivos erros pela dificuldade de sair das
cordas para onde foi encurralado pela habilidade de “dançarino” do
adversário no ringue da política.

Sem se expor aos ataques violentos do adversário, João vem forçando o oponente abrir a guardar e acusar os golpes aplicados na linha de cintura pela paciência tibetana do ex-auxiliar, que estariam minando a couraça até então intransponível do campeão. Desesperado para não perder o controle absoluto do partido, Ricardo cometeu seu mais grave erro ao dissolver de forma arbitrária e golpista o diretório estadual ao desconfiar que os afagos ao presidente, seria um laço para enforca-lo lá na frente.

O trabalho de isolar Ricardo dentro do seu próprio terreiro pela força da caneta e do Diário vem apresentando resultados animadores, porque a pecha de ditador foi colada a imagem já arrogante e agora desgastada do ex-governador e ex-prefeito da capital, o que pode ser aferido pelo desastre de Monteiro quando a convocação de Ricardo revelou-se um fiasco e uma prova cabal de que ele já não é mais o mesmo.

Agora, Ricardo envereda por uma senda que pode leva-lo ao abismo insondável, onde pode despencar se não reavaliar seu relacionamento com João Azevedo.

Ao atribuir a sua gestão de oito anos todo cabedal de obras que o projeto socialista realizou, Ricardo puxa para ribalta o seu antigo auxiliar sobejamente reconhecido como o grande tocador de obras da gestão passada e de todas as gestões que Ricardo conduziu e cujo êxito construiu sua imagem de gestor operoso, aquela que o consagrou e o elevou a condição de maior liderança política da atualidade.

O protagonismo de João nessa luta de comparações de desempenho é inegavelmente relevante e indiscutivelmente
eficiente podendo-se dizer que sem ele a criança não seria tão bonita e nem tão disputada, agora, como pretende Ricardo ao recordar um passado tão recente, realçando, com essas lembranças, toda capacidade do engenheiro, inegavelmente mais bem dotado intelectualmente, e parece que aprendendo rápido às
manhas da política.

A opinião pública sabe, e todos sabem que Ricardo não construiu sozinho o projeto socialista e que companheiros como João Azevedo tiveram participaram brilhante nesse processo, e ninguém mais do que João, tanto é que foi ungido sucessor e eleito governador porque conseguiu, ao contrário de Estela e Cida, associar seu nome a essa jornada de realizações, sendo reconhecido pelo eleitor como pai da criança bonita.

Então, essa goga toda de Ricardo reflete um velho cacoete de não admitir o êxito alheio e reage a João da mesma forma mesquinha que reagiu a Luciano Agra quando percebeu que o arquiteto tinha capacidade administrativa e podia se transformar num oponente  dentro do partido, capaz de disputar espaço com ele.

O que leva Ricardo detonar João seria um misto de medo e inveja ao perceber que, em oito meses, ele já tem forjada sua imagem de líder.

Neste domingo, na abertura da Paraíba Agronegócios, João rebateu Ricardo com fina ironia ao dizer que todos sabem quem conduziu esse projeto tão vitorioso e que expressa a participação de muitos em defesa dos interesses dos paraibanos.

O governador deixou claro que não vai desperdiçar tempo e energia com esse tipo de discussão porque sua proposta de Governo tem por objetivo a continuidade de um projeto que seria acima de tudo fruto do trabalho coletivo e não de pessoas.

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