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As ondas do rádio podem não levar Nilvan à praia; pilotando um taque de guerra, Virgulino ameaça ultrapassar o radialista

Essa eleição municipal tem características que se aproximam do inusitada, fogem à normalidade das eleições, a começar pelo perfil truculento que as fardas emprestam ao pleito e pelo discurso beligerante de certos postulantes que descem as raias do insulto grosseiro, como também pelo cinismo de outros cujas revelações recentes recomendariam uma boa estadia na reclusão dos cárceres.

Mas nada mais curioso do que o oportunismo barato, sempre presente na política que, de vez em quando aparece portando microfones transformados em armas de combate e promoção por tempo prolongado capaz de forjar candidatos de grande apelo popular, emprestadno dignidade a muito gente que já teve no passado evolvimento nebulosos, apenas esclarecidos pelo timbre da Polícia Cientifica, com laudos devastadores, corroborando suspeitas de adulteração e fraude em sofisticados produtos do Paraguai.

Por mais que proclamem probidade o eco dessas denúncias vibra com intensidade causando constrangiento ao candidato criando dificuldades para desacreditar os laudos periciais e convencer o distinto público de que tudo não passou de grosseira armadilha para desmoralizá-lo junto ao eleitor.

Na condição de paladino da moral e dos bons costumes esse tipo de candidato vê sua exuberante carreira se desidratar em segundos e ele não consegue manter de pé sua imagem de salvador da pátria.

Isso estaria acontecendo com Nilvan Ferreira, surfista das ondas do rádio, onde amparado pelas antenas poderosas do sistema Correio navegou nas águas claras da popularidade, até se confrontar com a violência das denúncias que turvaram seu oceano azul e ele ameaça estacionar no segundo lugar, sem forças para ultrapassar o primeiro e sendo alcançado aos poucos pelo pelotão que vem atrás, trazendo no tanque de guerra dos patriotas o ímpeto aguerrido de Walber Virgulino, prestes a alcança-lo depois de ultrapassar o então favorito Ricardo Coutinho.

Sem experiência como gestor público, Nilvan apresenta propostas que não são diferentes nem genuínas e a mensagem de renovação se dilui no meio dos discursos estéreis.

Nilvan passa a impressão de um maratonista escalado para correr 100 metros.

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